Atualmente, quando queremos atravessar uma rua, usamos botões conectatos ao semáforo para sinalizar que queremos cruar a via. Em seguida, precisamos esperar algum tempo até que ele se torne vermelho para os carros. E, se você já teve essa experiência, com certeza notou que todo o processo é meio inútil. Afinal, é quase certo que os semáforos são programados para fechar depois de um certo tempo, com a gente apertando o tal botão ou não. 

No entanto, no futuro, teremos semáfotos inteligentes o suficiente para que nenhum botão seja necessário. Isso porque eles simplesmente ficarão vermelhos quando detectarem que que há pedestres querendo atravessar a rua. 

Pesquisadores austríacos de uma companhia chamada Günther Pinscher desenvolveram semáforos inteligentes que determinam as intenções dos pedestres, usando câmeras que detectam quando as pessoas querem atravessar a rua. O sistema de visão computacional explora uma área de 26 por 15 pés e envia um sinal para as luzes quando vê uma ou mais pessoas na posição correta, tudo em questão de segundos. São três a quatro segundos mais rápidos do que o necessário para alcançar um botão, de acordo com os envolvidos no projeto.

Além de poder detectar os pedestres, a tecnologia também ajuda a criar um sistema dinâmico em que, ao detectar um grupo de pessoas maior do que o normal tentando atravessar a rua, ele pode prolongar a duração da luz verde para permitir que mais transeuntes cruzem a via. 

A equipe Günther Pinscher também está ciente dos possíveis problemas de privacidade que a tecnologia pode causar. No entanto, a companhia afirma que as imagens nunca deixam a câmera e dependem exclusivamente de informações geométricas para avaliar a intenção. Logo, não será possível reconhecer indivíduos, uma vez que o reconhecimento facial será nulo.

Por enquanto os planos de lançar esse semáforo inteligente só existem em Viena, capital da Áustria. A Günther Pincher pretende implementar essas luzes e substituir o sistema de botões tradicional em “locais selecionados” até o final de 2020.

 

Via: Engadget