Um vazamento de informações na rede social chinesa Weibo revelou que a Samsung já está desenvolvendo novos processadores usando o mesmo processo de 10 nanômetros do Exynos 8895, do Galaxy S8. São dois novos chips que se aproveitam dessa tecnologia para oferecer mais desempenho e menor consumo de bateria.
O mais notável deles é o que, segundo as informações vazadas, se chama Exynos 9610. Trata-se de um componente de ponta, com interface de 64 bits e oito núcleos de processamento. Destes, quatro núcleos serão os ARM Cortex-A73 com clock de 2,4 GHz para tarefas mais pesadas; os outros quatro serão núcleos ARM Cortex-A53, voltado para uso mais tranquilo e economia de bateria. Ele também terá um processador de vídeo Mali-G71 e modem LTE integrado para acesso a redes 4G.
Além dele, a Samsung também estaria desenvolvendo o Exynos 7885, um componente um pouco mais econômico voltado para dispositivos intermediários avançados. Ele terá seis núcleos, sendo dois ARM Cortex-A73 a 2,1 GHz e quatro dos ARM Cortex-A53 mais econômicos. O processador de vídeo e os componentes de rede dele devem ser os mesmos do 9610, e ele pode estrear com o lançamento da versão de 2018 do Galaxy A7.
Encolhendo mais
Quando falamos no processo de fabricação do processador, falamos de quão densamente os transistores são agrupados nele. Quanto menor o processo, mais transistores podem caber no processador. As vantagens dos processos menores são que eles permitem fazer componentes mais potentes, menores e que consomem menos bateria.
E, de fato, a Samsung já está de olho num processo ainda menor: sete nanômetros. De acordo com uma matéria da ZDNet coreana citada pelo site SamMobile, a empresa já está criando processadores nesse processo e pretende lançá-los no começo de 2018, tanto para uso em seus próprios dispositivos quanto para outras fabricantes.
Trata-se de uma atitude competitiva, segundo o site. Isso porque a Qualcomm, que desenvolve o processador Snapdragon 835, teria solicitado à TSMC (uma das concorrentes da Samsung no setor de semicondutores) que fabricasse seu processador top de linha seguinte, o Snapdragon 845, num processo de sete nanômetros. Com isso, a Samsung precisaria se esforçar para chegar nesse mesmo ponto.