A Salesforce é uma das maiores provedoras de software e serviços para ajudar empresas a venderem seus produtos e gerenciarem seus clientes. Embora não seja um nome familiar para o público em geral, suas soluções estão entre as mais usadas do mundo.

Nas últimas semanas, a companhia tem enviado mensagens para tentar convencer alguns de seus clientes, como a Camping World, a parar de vender rifles militares. Se não o fizerem, não poderão mais usar o software da marca.

A nova política da organização impede que os clientes vendam uma variedade de armas de fogo com sua tecnologia de comércio eletrônico. As regras também impedem que os varejistas vendam acessórios para armas de fogo, como munições e dispositivos de disparo.

A pressão que a Salesforce tem exercido sobre os varejistas — ao impedi-los de usar sua tecnologia para comercializar esses produtos — os coloca em uma posição difícil. A Camping World é uma das maiores clientes da empresa e gasta mais de US$ 1 milhão por ano com o software de gerenciamento de clientes e atendimento de pedidos.

A mudança na política de uso da Salesforce mostra como a companhia — que, apesar de ser uma gigante de tecnologia, é praticamente desconhecida do grande público — tenta influenciar os varejistas dos EUA a mudarem sua dinâmica de venda. E isso em um momento em que as mortes por armas de fogo estão cada vez mais na mira da sociedade. 

A decisão de impor sua posição contra a venda de armas em lojas americanas não foi bem aceita por alguns defensores dessa indústria. Esse tipo de regra serve para “discriminar os donos de armas, cujos direitos são protegidos pela Segunda Emenda”, diz Mark Oliva, diretor de assuntos públicos da Fundação Nacional de Tiro Esportivo.

Via: The Washington Post