Saiba quanto custa para a Apple produzir um iPhone 11 Pro Max

Versão mais cara do dispositivo custa perto de R$ 10 mil ao comprador no Brasil, mas custo de produção fica bem abaixo
Renato Santino16/10/2019 22h51, atualizada em 16/10/2019 23h15

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Ninguém discute que um iPhone custa caro, e não é só aqui no Brasil. Um aparelho como o iPhone 11 Pro Max de 512 GB custa US$ 1.450 nos Estados Unidos e até mesmo lá gera reclamações de que o custo é excessivo. Mas quanto disso é custo de produção do aparelho e quanto é a Apple apenas tentando tirar a maior margem de lucro possível?

Uma análise do TechInsights em parceria com a NBC News tem uma estimativa obtida pela desmontagem de iPhones e observação da cadeia de fornecedores da Apple. Primeiramente, um dos itens que mais pesa no preço do iPhone 11 Pro Max é a tela de 6,5 polegadas, que custa, sozinha US$ 66,50.

A Apple também aumentou consideravelmente a bateria do iPhone 11 Pro Max em comparação com o XS Max do ano passado. Com o componente agora em formato de “L” e maior capacidade, o custo para Apple fica estimado em US$ 10,50.

Na sequência, chegamos ao módulo de câmera do aparelho, que conta com três lentes, responsável por colocar o iPhone entre os melhores aparelhos para fotografar. O componente também pesa bastante no preço do aparelho, com custo estimado de US$ 73,50 por peça.

Esses três itens são as maiores peças do novo iPhone 11 Pro Max, mas ainda há uma série de outras componentes menores. Processador, modem, memórias e placa-mãe para conectar tudo isso somam um custo estimado de US$ 159. Além disso, ainda mais uma série de outros sensores, fios e outras partes necessárias para fazer com que tudo fique no lugar e funcione adequadamente que geram um custo estimado de US$ 181 para Apple.

Assim, ao final, os componentes para montar um iPhone 11 Pro Max custam para a Apple aproximadamente US$ 490,50, o que é basicamente um terço do preço final do produto no mercado.

No entanto, vale a pena observar que esse valor é exclusivamente das peças. Uma companhia do tamanho da Apple tem outros custos que acabam entrando direta ou indiretamente no preço final do aparelho. É necessário pagar as pessoas que montam os celulares, assim como quem projeta o hardware e o software, e o trabalho de pesquisa e desenvolvimento do aparelho não sai barato. O trabalho de marketing também tem seu preço, assim como o de distribuição, então há uma série de outros valores embutidos nesses US$ 1.450 que não podem ser estimados sem olhar diretamente as planilhas de custos da Apple.

Também é interessante notar que Tim Cook, CEO da Apple, já afirmou que essas estimativas de custos do iPhone feitos por analistas externos normalmente estão erradas. Ele, no entanto, jamais revelaria mesmo se alguém acertasse o preço até a casa dos centavos por uma questão estratégica, então é bom ter alguma desconfiança de todos os lados.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital