Setembro chegou e, com ele, um dos eventos mais esperados do mercado de tecnologia de todos os anos: o anúncio de novos iPhones. Será? A expectativa é grande, mas há quem diga que os novos smartphones da Apple podem ficar de fora do anúncio desta terça-feira (15). Mesmo com a pandemia de Covid-19, que mexeu com o mundo inteiro, a Apple manteve esse evento no calendário para o mês.

Mas o que exatamente esperar do evento, que acontece a partir das 14h do horário de Brasília? Além do iPhone, o que mais a Apple deve demonstrar ao público? Confira a seguir:

Quatro iPhones diferentes

Começando pelo que não tem nenhuma chance de ficar fora do evento: o iPhone. Não espere nenhuma grande mudança estética na comparação com a versão do ano passado; a cara do iPhone 12 será basicamente a mesma do iPhone 11, mantendo a tradição da Apple de introduzir novo visual apenas a cada dois anos.

O que deve ser diferente, no entanto, é a quantidade de modelos. Se no ano passado foram três aparelhos distintos formando a linha 11, neste ano devemos ter quatro. Além do iPhone 12, do iPhone 12 Pro e do iPhone 12 Pro Max, que são os sucessores diretos dos modelos do ano passado, também deve haver um iPhone 12 Max (sem o “Pro” no nome).

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Pelo que os rumores apontam antes do evento, todos eles terão o mesmo processador, o A14 Bionic, mas devem divergir na qualidade da tela e na quantidade de memória RAM.

O iPhone 12 deve contar com uma tela de 5,4 polegadas, enquanto o 12 Max deve ter um display consideravelmente maior, de 6,1 polegadas. Já o iPhone 12 Pro terá o mesmo tamanho de tela do Max simples, com 6,1 polegadas, enquanto o 12 Pro Max terá o maior painel de todos, com 6,7 polegadas.

Os aparelhos são os primeiros da Apple a sair de fábrica com suporte às redes 5G, mas esse suporte vai variar entre modelos. Apenas os dispositivos “Pro” devem contar com suporte às ondas milimétricas, que alcançam o máximo desempenho da tecnologia; os demais devem acessar apenas as redes nas frequências sub-6 Ghz.

Por fim, as duas famílias também divergirão em número de câmeras. Os aparelhos “Pro” contarão com três lentes na traseira, enquanto os outros contarão com apenas duas, mantendo o padrão do ano passado. Vale notar que o nome do evento é “Time Flies” (“o tempo voa”), que pode ser uma referência a um novo sensor time-of-flight para reconhecer a profundidade do cenário, que pode ser um novo recurso da câmera.

Novo Mac com processador ARM

A Apple está “devendo” a apresentação de novos Macs desde a WWDC. A família de produtos se tornou especialmente interessante porque a empresa confirmou uma mudança drástica nos aparelhos, que deixarão de contar com processadores Intel para migrar para chips da própria Apple com uma nova arquitetura, usando ARM, bastante popular entre celulares, em vez do x86.

Então o evento desta terça-feira é a oportunidade perfeita para colocar no mercado os primeiros Macs com esse novo chipset. A empresa já confirmou que este ano devem sair as primeiras máquinas desta transição tecnológica, então o evento é o momento ideal para isso.

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Apple Watch

Uma outra associação óbvia com “Time Flies” é a chegada do Apple Watch Series 6. Neste caso, os rumores são menos precisos do que os do caso do iPhone, mas o fato é que é o momento para renovação da linha, que não vê uma atualização desde o ano passado.

A Apple deve continuar oferecendo dois tamanhos diferentes de relógio, mas com componentes mais atuais e um dos novos recursos especulados é um medidor de níveis de oxigênio no sangue, recurso que seria especialmente importante durante a pandemia de Covid-19.

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Outro rumor citado pelo site Ars Technica é a possibilidade de um novo modelo mais simples, feito para ser mais acessível, mirando combater diretamente pulseiras fitness que tanto se popularizaram nos últimos anos.

AirPod Studio

Os AirPods se tornaram um dos produtos de maior sucesso da Apple desde seu lançamento, e a empresa parece estar se preparando para expandir o formato. É aí que entra o Studio, um novo fone “over-ear” feitos para cobrir toda a orelha em vez de apenas ser plugado no canal auditivo.

Os fones devem contar com cancelamento de ruído ativo e sensores que o permitem reconhecer quando está colocado sobre os ouvidos ou quando está pendurado no pescoço do usuário para interromper ou continuar a reprodução. Os fones também devem ser diferentes dos fones da Beats, que pertence à própria Apple, e tem vários modelos over-ear.

Novos iPads

A indústria também espera um novo iPad Air, que chegou a ser especulado para ser revelado na útima terça-feira (8), mas deve ser apresentado apenas uma semana depois. O analista Ming-Chi Kuo, conhecido pelo seu conhecimento das linhas de produção da Apple e pela capacidade de prever com incrível precisão os próximos movimentos da empresa, cita o plano de que o novo iPad Air tenha uma tela de 10,8 polegadas. Kuo também já falou que a Apple pretende atualizar o iPad Mini com uma tela maior, de 8,5 polegadas.

Um HomePod menor?

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A Apple vê Google e Amazon decolarem com suas caixas de som conectadas equipadas com Google Assistente e Alexa, enquanto o HomePod não consegue fazer o mesmo sucesso, por dois motivos: a Siri não é tão capaz quanto as outras assistentes e o preço é mais alto do que o dos concorrentes. Especula-se que a Apple possa fazer alguma coisa sobre o segundo ponto, oferecendo um HomePod mais acessível, ao estilo Echo Dot e Nest Mini, que teria também menos qualidade de som, mas pelo menos poderia ser comprado com mais facilidade.