Rumores sobre o Pixel 4 mostram o que podemos esperar para 2020

A linha Pixel é a vitrine para aquilo que podemos esperar ver no sistema operacional Android e vice-versa
Redação12/06/2019 12h52, atualizada em 12/06/2019 14h00

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Você pode até não se preocupar com isso, mas o que acontece nos laboratórios do Google pode, de certa forma, influenciar na sua vida. Os novos rumores sobre o Pixel 4, o próximo smartphone assinado pela gigante das buscas, mostram quem que o futuro da tecnologia está nos sensores de movimento.

Há três anos, no mês de outubro, os executivos do Google anunciam um novo smartphone da linha Pixel. Estes aparelhos, além de servirem para mostrar o que existe de novo no sistema operacional mais usado do mundo, o Android, também identificam quais são as tecnologias que a indústria está ou deverá focar nos próximos anos. Isso aconteceu com com o assistente de voz da empresa, a Inteligência Artificial (AI) no processamento de imagens e passará agora ao uso de sensores de movimento.

Mas como sabemos disso? O canal Unbox Therapy recebeu uma espécie de protótipo dos próximos Pixel 4 e Pixel 4 XL, formas usadas pela indústria de acessórios, especialmente, empresas que fabricam capas para celulares, e que recebem informações privilegiadas sobre o design dos dispositivos para desenvolver com antecedência tais acessórios. Usando essas formas metálicas e algumas dicas da indústria, claro, o apresentador do canal, Lewis Hilsenteger, ofereceu uma série de sugestões sobre o que veremos nos novos Pixel.

De acordo com Hilsenteger, o Google trabalha com a mesma linha de design que a Apple parece também usar, qual seja, um módulo de câmera traseira quadrado. Essa, no entanto, não é uma ideia original da gigante de Cupertino, visto que a Huawei já estreou esse desenho no Mate 20. A ideia seria colocar neste espaço duas lentes em combinação com o já utilizado sensor de espectro da série Pixel, que otimiza o uso da câmera em ambientes com mudança de iluminação. Como bem definido no vídeo: “teremos um monte de tecnologias de câmera” neste módulo.

Além disso, o apresentador chama a atenção para a renúncia completa do entalhe na tela, como tínhamos no Pixel 3 XL. Isso porque a gigante das buscas percebeu que o uso de “unidades de imagem” (reconhecimento facial) é mais importante do que entregar uma experiência de tela cheia. São esperadas cinco unidades de imagem na parte frontal dos novos Pixel. E o Google não é exceção aqui, a Apple já vem fazendo isso há algum tempo, bem como a Samsung.

Aliás, ambos os novos smartphones podem não vir com sensor de impressão digital, o que fortalece ainda mais o uso da parte superior frontal da tela para a localização de sensores de imagens e afins.

Apesar de não vermos no vídeo nenhuma referência à mais recente tecnologia do Google que usa espectro de frequência de rádio (radares) para reconhecimento de movimento, denominada Project Soli, a mídia internacional vem apostando que, finalmente, veremos essa iniciativa da gigante das buscas chegando aos seus smartphones. Mas o que é o Project Soli?

Este projeto consiste no uso de radares capazes de reconhecer a aproximação dos dedos e os movimentos das mãos em relação a um objeto e, em seguida, interpretá-los de forma a criar comandos sem tocar fisicamente a tela ou qualquer outra superfície deste objeto. Essa é uma tecnologia muito precisa e poderia abrir portas para uma série de interações com smartphones e mesmo outros produtos inteligentes, otimizando o que conhecemos como Internet das Coisas (IoT). Logo, estamos falando do futuro aqui.

Se os novos Pixel irão integrar tais tecnologias, ainda é difícil ter certeza, mas com as informações que chegam da indústria e da decodificação da nova versão do Android por sites como o XDA Developers e 9to5Google, as chances de vermos tudo isso que relatamos aqui neste artigo são grandes. De acordo com a recente análise do código do Android Q, os indícios de que o Project Soli chegará aos smartphones são sólidos (perdoem o trocadilho).

Os celulares acabam servindo como porta de entrada para tecnologias futuras, afinal de contas, o Android chegou primeiro para smartphones e hoje já está em televisores e automóveis, por exemplo. O Assistente de Voz do Google ganhou corpo nos celulares até ser incorporado a alto-falantes Bluetooth. Assim, sem dúvidas, o que chegar à linha Pixel em 2019 poderá e será usado em produtos que interagimos no nosso cotidiano. Por isso, é importante ficarmos ligados nos próximos rumores sobre o que veremos em outubro.

E se você acha tudo isso um pouco esdrúxulo, que tal a cena de controle de interface do filme Minority Report? Agora imagine poder fazer com as mãos nuas, o que o Tom Cruise fez na ficção com luvas: Project Soli. Confira:


Via: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital