Robôs exploradores são bons em averiguar terrenos e coletar amostras, mas muitas vezes têm dificuldade de se mover em terrenos com relevo ou escalar coisas. Nesses casos, o LEMUR, tecnologia desenvolvida pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, pode ter um ótimo desempenho.
Os engenheiros do JPL passaram anos refinando a máquina, que foi originalmente concebida como um robô de reparo para a Estação Espacial Internacional. Agora, o projeto LEMUR (abreviação de Limbed Excursion Mechanical Utility Robot) foi concluído, mas não antes do JPL realizar um teste final em Death Valley, Califórnia.
O JPL enviou a última versão do LEMUR para um penhasco no início deste ano. A IA do robô escolheu sua própria rota e usou centenas de minúsculos ganchos embutidos em cada um de seus 16 dedos para subir. Tudo isso enquanto seus instrumentos científicos escaneavam a rocha em busca de fósseis antigos.
O LEMUR conseguiu encontrar bolas material fossilizado há mais de 500 milhões de anos, o que é bem surpreendente. Essa capacidade pode ser especialmente útil em outros planetas, já que descobrir fósseis nos dá uma ideia de como foi a formação do local. O projeto LEMUR foi encerrado, mas isso não o impediu de inspirar a criação de novas tecnologias similares.
O Ice Worm do JPL foi adaptado a partir de um único membro do robô LEMUR e destina-se a escalar paredes de gelo em mundos congelados, como Enceladus, uma das luas de Saturno. O RoboSimian , originalmente construído para o Robotics Challenge da DARPA como um robô para auxílio em desastres, tem quatro membros como o LEMUR.
O Underwater Gripper é praticamente um dos membros do LEMUR com os mesmos dedos aderentes com ganchos para a exploração submarina. Até mesmo o helicóptero da missão Mars 2020 terá um mecanismo derivado dos pés do LEMUR para que possa se agarrar aos penhascos. Significa apenas que, embora o próprio robô LEMUR não esteja indo para o espaço sideral, as tecnologias derivadas do projeto estarão.
Via: Engadget