O Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT pode ter encontrado uma forma de tirar das mãos humanas uma atividade das mais monótonas, mas, ainda sim, extremamente necessária para o planeta: a reciclagem. O principal problema de criar robôs para a tarefa estava em desenvolver uma tecnologia que os permitisse diferenciar os materiais que são reaproveitáveis e os separar corretamente. Mas parece que isso não será mais um obstáculo. 

Os robôs criados no MIT possuem sensores capazes de identificar, através do tamanho e maleabilidade do objeto, o tipo de material que ele é feito. Por exemplo, se ele é mais fácil de esmagar, como o papel, ou mais rígido, como o plástico. Além disso, como os sensores são condutores, eles conseguem identificar lixos que possuem metal em sua composição. 

As mãos dos robôs são feitas de materiais auxéticos (com compressão invertida, ou seja, quando esticados, tornam-se mais grossos) que giram quando ele agarra um objeto. Cada dedo dele é composto por esse material e as mãos realizam rotações contrárias que permitem segurar o objeto de forma muito mais dinâmica que uma mão robótica tradicional. 

Entretanto, a nova tecnologia ainda está em testes e possui uma taxa de 85% de acerto com objetos parados. Se o lixo estiver em movimento, a precisão cai para 65%. Por essa razão, você ainda não verá o robô assumindo um grande papel em empresas de reciclagem. Porém, o próximo passo deve ser adicionar uma visão computacional baseada em uma câmera, em combinação com o sensor, para que a separação fique mais precisa. 

O impacto dessa criação pode ser significativo, mas ainda deve demorar um pouco. O aumento das funções de robôs sempre leva a questionamentos sobre a automação de trabalhos humanos. Mas, por outro lado, eles poderão reduzir os custos para as cidades que investem em reciclagem, além de diminuir a quantidade de detritos reaproveitáveis desperdiçados em aterros sanitários. 

Via: Engadget