Review do WH-XB700: um headset confortável e com bateria espetacular. Mas não é para todos os ritmos

Novo headset WH-XB700 da Sony é bem confortável, já traz o Google Assistente, mas erra em alguns detalhes.
Alvaro Scola17/06/2019 19h58, atualizada em 19/06/2019 13h01

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Os fones de ouvido Bluetooth têm se popularizado bastante entre os smartphones, sendo atualmente uma das melhores opções para se escutar música e até mesmo assistir a seriados ou filmes. Por sua vez, o Google também tem melhorado o seu software, oferecendo agora uma integração maior para dispositivos Android que trazem o Google Assistente (ou seja, quase todos).

Um destes modelos, por exemplo, é o headset WH-XB700, que é produzido pela Sony e é destinado para quem curte uma boa batida ou graves. O Olhar Digital testou o produto e conta a seguir quais foram as suas impressões dele. Confira.

Acabamento

Este novo headset da Sony só está disponível na cor preta e azul, sendo que o seu acabamento é feito de plástico e as suas almofadas de courino. Enquanto isto, a haste que regula a sua altura e largura é feita de metal. No geral, o fone acaba sendo bem leve e até pequeno, mas ainda assim parece ser bem resistente.

Reprodução

Sendo do tipo On Ear, ou seja, um fone que fica sob o seu ouvido, mas que não o cobre, ele não acaba  esquentando muito o seu ouvido, sendo ideal para longas horas de uso. As suas almofadas, também são bem revestidas e macias. Desta forma, em nenhum momento me senti incomodado por elas.

Reprodução

Já em relação ao resto do seu corpo, o fone acaba sendo bem discreto e não conta com desenhos, assim tendo uma estampa praticamente lisa. Nele, ainda estão presentes os botões para fazer a troca de faixas, ligar o fone e chamar o Google Assistente, além de claro, ter uma entrada USB C para carregá-lo e uma porta P2 para ele ser usado com fio.

Reprodução

Na parte do acabamento não é possível criticar a Sony. O fone de ouvido realmente vem no tamanho ideal e por pesar apenas em torno de 190 gramas, ele acaba sendo bem confortável para ser utilizado em praticamente qualquer situação. Os seus botões, apesar de quase não aparecerem, ficam em um lugar de fácil acesso e, uma vez acostumado a eles, não tive problema nenhum como apertar algo por engano.

Qualidade do som e software de controle

Como você deve ter notado até mesmo pela embalagem do produto, o seu grande destaque é o Extra Bass. Isto significa que o fone de ouvido, por padrão, vem configurado para dar uma ênfase nos graves de suas músicas.

Na prática, é claro, é justamente isto o que ocorre com WH-XB700, sendo um fone com batidas bem fortes, o que é ideal para se escutar música eletrônica, raps e alguns outros estilos onde o som da bateria precisa prevalecer. Em meus testes, ao escutar alguns raps e músicas eletrônicas, o efeito do Extra Bass se demonstrou bem forte e realmente focava nestes instrumentos, enquanto conseguia manter a voz dos cantores bem limpa.

Em outras bandas que ainda pude testar, como por exemplo com o Linkin Park, a experiência do fone foi excelente, sendo algo que realmente mudou a experiência do que eu estava escutando anteriormente. E, devo até mesmo admitir que senti falta dos graves do WH-XB700 quando tive que retornar para minhas caixas de som e outros fones.

Entretanto, ao ir para outros estilos, o resultado acabou sendo um pouco desapontador. Por exemplo, ao tentar escutar uma música como um Rock, Power Metal e Heavy Metal, o fato do Extra Bass ser parte de como o fone foi construído acabava abafando os outros instrumentos importantes como os sons de guitarras e até a mesmo a voz dos vocalistas acabou prejudicada.

É claro que não é para toda música fora de seu estilo principal que o fone se demonstra perdido ou com uma baixa qualidade. Em muitas músicas destes estilos mencionados acima e no pop, principalmente em shows ao vivo, o fone mais uma vez demonstrou a sua qualidade e um som bem limpo.

Também é preciso lembrar que o fone de ouvido traz aplicativo para realizar ajustes pessoais e também diminuir ou aumentar o efeito do Extra Bass. Esta última função até diminui de verdade o efeito dos graves, mas se está escutando algo com muitos instrumentos, o fone dá a impressão de ficar um pouco perdido no que dar destaque e prejudica a experiência final.

Além disso, outra função que acabou decepcionando bastante no fone foi a questão do efeito Surround Virtual (VPT). Quando ativada, você tem acesso a mais configurações de som que emulam uma Arena, Discoteca, Sala de Concertos e Palco ao Ar livre. O seu grande problema, é que na prática, ao menos para músicas, o resultado deixou apenas o som abafado, fazendo com que ele perdesse qualidade.

Para tentar melhorar a experiência, é claro, eu também recorri aos equalizadores de meus players de música e do próprio celular. Desta forma, eu até consegui melhorar o resultado das músicas que eu escutava, mas para cada uma delas eu tive que procurar um ajuste e nem sempre tive o som esperado.

Em relação ao volume do fone, não é possível fazer críticas, aqui o WH-XB700 consegue surpreender bem, trazendo um volume bem alto e claro. Além disto, mesmo sendo um headset On-Ear e sem cancelamento de ruído, quando estive escutando música com ele não foi possível escutar praticamente nada do ambiente em que estava.

Desta forma, é preciso deixar bem claro que o headset WH-XB700 possui uma ótima qualidade de som, mas que o número de estilos para o qual ele é indicado acaba sendo o seu maior problema. Você até conseguirá escutar a maioria dos gêneros de música com ele, mas fazer uma configuração para cada faixa pode não é uma tarefa prática.

Bateria, Google Assistente e demais funções

Um dos pontos de maior destaque deste fone fica por conta de sua autonomia, que a Sony afirma ser de 30 de reprodução contínua dependendo do codec utilizado. Honestamente, fiquei com este fone de ouvido por aproximadamente uma semana escutando música com ele por mais de 3 horas por dia e ainda assim não consegui esgotá-la.

Desta forma, este foi o fone de ouvido com a maior autonomia de bateria que tive a oportunidade de testar. O seu carregamento que é feito com um cabo USB tipo-C leva aproximadamente 4 horas, o que é um tempo justo.

Algo diferencial neste fone, assim como foi mencionado no começo do texto, também fica por conta de sua integração com assistentes virtuais como a Siri e o Google Assistente. Por exemplo, ao estar com o fone conectado ao Android, toda vez que você recebe uma notificação, você pode pressionar o botão do fone para escutar o conteúdo da notificação.

Além disto, é claro, ao pressionar e segurar o botão do Assistente Virtual pelo fone, você pode dar instruções por voz, mesmo sem estar perto do celular. Aliás, ainda neste quesito, é importante dizer que o alcance do WH-XB700 é o suficiente para você andar por uma sala inteira sem perder o sinal.

Preço e disponibilidade

O headset WH-XB700 está disponível para pré-venda no Brasil através da loja oficial da Sony, sendo o seu preço de R$699,00. O produto começa a ser faturado a partir do dia 29 de junho.

Conclusão

O WH-XB700 se demonstra um fone de qualidade, que realmente consegue surpreender por conta de sua autonomia e ainda traz a integração com os assistentes virtuais. Além disto, o seu ótimo acabamento é algo que o torna extremamente confortável, mesmo quando utilizado por muitas horas contínuas.

Já o seu som também é muito bom, entretanto, é realmente um diferencial apenas para quem gosta de graves. Como foi dito na matéria, se você é um fã de estilos como rap, eletrônica ou pop, dificilmente você verá um fone de tanta qualidade como este. Por sua vez, se você é mais eclético e procura um fone para diversos gêneros, será necessário encontrar outras alternativas.

Ficou interessado no produto? O aparelho avaliado nesse texto pode ser comprado na loja virtual do Olhar Digital, desenvolvida em parceria com o Magazine Luiza. Embora o Olhar Digital possa receber uma comissão nas vendas da loja virtual, a parceria com o Magazine Luiza não tem influência alguma sobre o conteúdo editorial publicado. Além disso, a disponibilidade do produto e o preço cobrado são de responsabilidade do Magazine Luiza.

Editor(a)

Alvaro Scola é editor(a) no Olhar Digital