O Comando Estratégico do Ministério de Defesa do Reino Unido, em parceria com uma empresa não identificada, desenvolveu um drone para uso em ambientes internos armado com um escopeta. Batizada de i9, a aeronave foi projetada para uso no momento de invasão de um ambiente, onde os soldados correm o maior risco de cairem vítimas de uma emboscada.

A aeronave usa física e IA para navegar espaços fechados sem risco de colidir com as paredes, e visão computacional para identificar e classificar ameaças e obstáculos à sua frente. A arma, entretanto, não pode ser disparada sozinha. O “gatilho” é controlado remotamente por um soldado que acompanha a ação usando um tablet.

O drone é um hexacóptero (tem seis rotores) com cerca de um metro de diâmetro. Além da escopeta, ele também será testado em versão com um lança-foguetes e com uma “chain gun”.

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Drone Turco Songar, da Asisguard, é equipado com uma metralhadora e pode atingir alvos a até 200 metros de distância. Foto: Divulgação

Armas voadoras

Esta não é a primeira vez que uma força militar equipa um drone com uma arma. Já em 2017 o exército israelense comprou drones desenvolvidos pela empresa norte-americana Duke Robotics, equipados com lançadores de granadas.

No fim do ano passado, a empresa chinesa Zyian gerou controvérsia pois estaria vendendo indiscriminadamente “drones assassinos” capazes de operação completamente autônoma, incluindo “ataques letais direcionados”, a países do Oriente Médio.

Já no início deste ano o exército da Turquia colocou em operação o Songar, desenvolvido pela empresa turca Asisguard, um drone equipado com uma metralhadora. Segundo a fabricante a aeronave pesa 20 kg, pode voar a até 2,8 km de altura e sua bateria tem autonomia para operação em um raio de até 10 km.

Os disparos podem ser feitos em modo único, em rajadas de 15 tiros ou em modo contínuo. Um sistema de estabilização garante a precisão dos tiros, a uma distância de até 200 metros, que poderá chegar a 400 metros com um futuro upgrade.

Fonte: Popular Mechanics