Serviços de streaming podem estar prestes a “matar” a indústria do cinema como a conhecemos hoje, e mais uma demonstração desse poder foi revelada nesta semana. A Netflix conseguiu que três de seus filmes originais fossem indicados ao Oscar, maior premiação do mercado norte-americano.

Os filmes indicados foram “A 13ª Emenda”, da diretora Ava DuVernay (a mesma de “Selma”), que aparece na categoria Melhor Documentário; e a dupla “Extremis” e “Os Capacetes Brancos”, na categoria Melhor Documentário de Curta-Metragem. Os três estão disponíveis no catálogo brasileiro.

Outro serviço de streaming que figurou, com ainda mais destaque, na lista de indicados ao Oscar é a Amazon. “Manchester à Beira-Mar”, filme independente que a empresa comprou no festival de Sundance do ano passado, figura nas categorias Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original.

A principal diferença entre Netflix e Amazon é o contrato de distribuição que cada uma oferece. A primeira atua como produtora executiva dos filmes, financiando ao menos uma parte da produção quando ela ainda está em fase de desenvolvimento.

Já a Amazon compra filmes prontos, como “Manchester à Beira-Mar”, e consegue exibi-los com exclusividade em seu serviço online pouco depois que eles saem do cinema. Os filmes da Netflix, por sua vez, raramente chegam às telas grandes, estreando quase sempre apenas na internet.

Não é a primeira vez que serviços de streaming aparecem no Oscar. A mesma Netflix teve filmes originais entre os indicados no ano passado, incluindo “Amy” (vencedor na categoria Melhor Documentário) e “What Happened, Miss Simone?”. Um ano antes, a empresa concorreu com outro documentário, “Virunga”.