Durante o evento on-line ‘5G Summit’ nesta terça-feira (20), a Qualcomm anunciou um novo portfólio de semicondutores de infraestrutura 5G focado na virtualização de redes de acesso interoperáveis (RAN). As três novas plataformas são a ‘Radio Unit Platform’, ‘Distributed Unit Platform’ e ‘Distributed Radio Unit Platform’.

Todas as três foram projetadas do zero com foco na implementação de redes vRAN convergentes e abertas. Elas contam com suporte da plataforma X55 5G, modem de radiofrequência também utilizado em chipsets da linha Snapdragon. Os detalhes técnicos dos lançamentos, entretanto, não foram compartilhados.

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A ideia é tornar o produto, no caso o 5G, mais popular e comercial, além de virtualizar e escalonar as redes. A empresa citou que mais de 40 países e 90 operadoras disponibilizam o 5G comercialmente nos dias de hoje, enquanto mais de 125 operadoras trabalham para expandir seu uso.

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Novas plataformas podem suportar e escalar célulares de diferentes tamanhos e para diferentes aplicações. Imagem: Qualcomm/Reprodução

A mudança, basicamente, visa permitir que as empresas explorem com mais qualidade as redes Sub-6 GHz e mmWave, individualmente ou combinadas. As novas plataformas são lançadas para tornar o processo de transição mais eficiente, inclusive de forma econômica e rápida.

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Uma nova rede

A virtualização das redes também visa oferecer infraestrutura com longevidade e suporte para diferentes aplicações – em casas para jogos ou streaming, espaços públicos, indústrias ou empresas, por exemplo. O lançamento será implementado primeiramente em escala de vRAN no Japão pela operadora Rakuten Mobile.

“Estamos trabalhando em estreita colaboração com operadoras móveis, fornecedores de rede, órgãos de padronização e outros stakeholders para transformar, de forma rápida, a infraestrutura 5G aberta e interoperável em uma realidade”, disse Cristiano Amon, CEO da Qualcomm.

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Todo o processo de descentralização e transição para um modelo virtualizado, no entanto, deverá começar a chegar aos clientes no primeiro semestre de 2022. Seria como fazer uma infraestrutura nova, diz a Qualcomm, considerando o suporte global para os diferentes modelos das redes. A mudança é chamada de “Infraestrutura 2.0”.

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Gráfico da Qualcomm mostra como novo modelo vRAN pode beneficiar as redes 5G. Imagem: Qualcomm/Reprodução

Já a integração total das plataformas às redes pode acontecer no início de 2023, algo que também dependerá da cadeia de fornecimento, parceiras e das operadoras. A empresa ainda explica que, desta forma, “todo o sistema pode escalar bem para atender às demandas das redes 5G do futuro”.

As vantagens da virtualização

De acordo com a Qualcomm, as plataformas oferecem suporte escalonável para diversas estruturas, desde estações rádio base macro com MIMO (Multiple Input Multiple Output) massivo até células menores. Também oferecem Modem-RF (X55 5G) de alta potência e capacidade. 

A arquitetura vRAN ainda permite que aceleradores de hardware sejam integrados e integra as bandas Sub-6GHz, mmWave e 4G na Unidade Distribuída (UD) e na Unidade de Rádio (RU). Entre as empresas parceiras, há nomes como Microsoft, TIM, Telefónica, Verizon, AT&T e outras.