A versão para smartphones do famoso jogo Playerunknown’s Battlegrounds, popularmente conhecido como PUBG, não é apenas o jogo móvel mais popular do mundo, com mais de 100 milhões de jogadores mensais, mas também é o game que mais gerou receita, arrecadando mais de US$ 146 milhões (aproximadamente R$ 568 milhões) somente no mês passado, de acordo com dados do The Financial Times.

Esse dinheiro não vem apenas de itens e skins comprados pelos jogadores de PUBG Mobile, mas também do dinheiro gasto pelos jogadores na versão chinesa do jogo, conhecida como Game For Peace. A Tencent foi a empresa responsável por adaptar o game de sua versão de PC para os mobiles. Quando o jogo teve seu lançamento programado na China, ele foi barrado. Por esse motivo, algumas mudanças tiveram de ser feitas para que o lançamento fosse possível. 

Os analistas temiam que essas restrições pudessem reduzir as receitas de empresas como a Tencent. Mas os números mais recentes sugerem que a empresa conseguiu manter seu público. De acordo com estimativas feita pela corretora chinesa Great Wall Securities, o PUBG Mobile gerou US$76 milhões (aproximadamente R$296 milhões) em receita no mês passado, enquanto sua versão “censurada” gerou U$70 milhões (R$272 milhões).

Esses números superaram os do jogo anterior da Tencent, lançado em 2017. Honor of Kings é um MOBA de fantasia que foi um enorme sucesso na Ásia, mas que também sofreu com proibições. No seu caso, foram proibições de tempo de jogo: crianças de até 12 anos poderia jogar apenas uma hora por dia. Enquanto os jovens de 12 a 18 anos estavam restritos a duas horas. Mesmo com essas limitações, Honor of Kings faturou US$ 125 milhões (aproximadamente R$486 milhões) no mesmo período. 

A proibição de PUBG

Os órgãos reguladores chineses rejeitaram o PUBG Mobile pois o jogo apresentava conteúdo considerado muito violento para as diretrizes do país, por esse motivo, a Tencent teve de realizar algumas modificações. Na versão asiática, quando um jogador é derrotado, seu corpo não fica em uma poça de sangue, ele joga seus itens para o jogador que o “matou”, e acena dando “adeus” antes de sumir.

Essas mudanças ilustram as dificuldades enfrentadas pelas empresas de jogos da China, onde o governo reprimiu títulos que considera antissociais ou que possam corromper os jovens de alguma forma.


Via: The Verge