Primeira-ministra do Reino Unido aprova 5G da Huawei para o Reino Unido

Theresa May autorizou a participação da empresa chinesa, que já foi vetada em diversos países, em antenas e outras infraestruturas "não-essenciais"
Redação24/04/2019 12h34, atualizada em 24/04/2019 13h06

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A primeira-ministra britânica, Theresa May, concordou que a Huawei ajude a construir algumas partes não-essenciais da rede de dados 5G da Grã-Bretanha. O Conselho de Segurança Nacional, do qual May é presidente, permitiu a participação da empresa em antenas e outras infraestruturas “noncore”. A decisão se manteve, mesmo depois dos alertas dos EUA de que isso representaria um risco para a segurança nacional.

Os norte-americanos afirmam que os supostos laços da Huawei com o governo chinês possam expor cidadãos britânicos, empresas e agências governamentais a ataques cibernéticos e outras formas de espionagem. Entretanto a posição oficial do governo brtânico foi de que as ameaças podem ser gerenciadas e minimizadas já que o envolvimento da Huawei será com a infraestrutura de rede “não essencial”.

A administração Trump tentou pressionar os aliados a pararem de usar equipamentos da Huawei, depois de proibirem as agências governamentais domésticas e seus contratados de usar os produtos das empresas chinesas em estruturas governamentais. Jeremy Fleming, chefe do serviço britânico de inteligência digital, disse que as origens chinesas da Huawei não devem excluir a companhia automaticamente.

O Reino Unido faz parte da aliança de segurança Five Eyes, ao lado dos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Por enquanto, três desses países já concordaram em bloquear ou restringir a Huawei, ao contrário do Reino Unido. Em fevereiro, Mike Pompeo, o secretário de Estado dos EUA, advertiu: “Se um país adotar essa [Huawei] e colocá-la em alguns de seus sistemas críticos de informação, não poderemos compartilhar informações com eles, nós não poderemos trabalhar ao lado deles”.

A Huawei nega qualquer envolvimento em questões de espionagem e afirma que o alcance da RPC não se estende além das fronteiras da China. No entanto, há evidências de que o país, ao lado da Rússia e do Irã, teria atacado a infraestrutura militar e corporativa de outras nações para roubar segredos comerciais e espionar os esforços nacionais e empresariais.

Via: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital