Nesta semana, a Apple anunciou um novo modo escuro para o iOS 13, que além de ajustar os tons da interface do sistema adaptará automaticamente os aplicativos compatíveis para adotarem cores escuras também. Da mesma forma, o Google anunciou uma função similar para o Android Q durante o Google I/O em maio.
É uma aposta cada vez mais comum no mercado de tecnologia. O Windows já tem uma função similar, que adapta a interface do sistema juntamente com os aplicativos por meio de uma chavinha nas configurações. Além disso, cada vez mais apps oferecem essa alternativa, permitindo selecionar entre um modo claro ou escuro sem depender do sistema operacional.
O uso do modo escuro tem alguns pontos bastante positivos que fazem valer a pena esse ajuste de configuração. Os ganhos se referem tanto à saúde dos seus olhos quanto à saúde do seu celular.
Bom para seus olhos
Você já deve ter passado pela situação de estar tudo escuro e de repente alguém ligar a luz de um ambiente de repente. Não é muito bom, né? Esse jato de luz quando nosso organismo está se acostumando ao escuro é sempre desconfortável.
Como nos acostumamos a usar telas durante o dia inteiro, seja o monitor de um computador para trabalho ao longo do dia, ou o smartphone para lazer e checar mensagens antes de dormir, é importante fazer com que a luz emitida pelos painéis seja o menos incômoda possível.
A tela com tons predominantemente escuros torna consideravelmente mais confortável a leitura durante a noite, especialmente quando também estamos em locais escuros. É menos luz indo direto para os seus olhos no momento em que eles estão mais sensíveis.
Bom para o seu celular
O modo escuro do smartphone pode fazer muito bem para a bateria do seu celular, mas primeiro é necessário saber qual é o tipo de tela que o seu smartphone possui. Se for uma tela OLED ou AMOLED, presente em vários intermediários e celulares tops de linha, o modo escuro pode fazer toda a diferença na autonomia do aparelho. Em painéis LCD, no entanto, não existe diferença.
A questão é que as duas tecnologias lidam de forma diferente com as cores escuras, que faz com que o impacto no consumo de energia seja diferente quando estamos falando de reprodução do preto.
Começando pelo LCD: trata-se de uma tecnologia que já faz parte das nossas vidas há muitos anos. Ela funciona com um backlight (literalmente, uma luz de fundo branca), que fica permanentemente aceso atrás da tela enquanto ela estiver ligada, iluminando cada um dos pontinhos que formam as imagens que vemos, e que determina a cor de pixels é como essa luz branca é “filtrada”. Isso significa que até mesmo quando a tela está ligada exibindo apenas uma imagem estática preta, a luz de fundo está ligada e consumindo energia. Se o seu celular tem uma tela LCD, você já deve ter percebido isso quando liga o aparelho: a tela está claramente ligada e emitindo luz, mas essa energia está sendo desperdiçada para exibir o preto no display.
O OLED funciona de modo essencialmente diferente. Cada ponto na tela tem sua própria fonte de luz, e elas podem se acender ou apagar dependendo do que a imagem exibida no painel pede. Isso significa que quando a imagem for majoritariamente preta, os pixels ficarão apagados, poupando a bateria do seu smartphone.