Por que todos querem a Internet 5G?

Redação15/02/2019 17h25, atualizada em 15/02/2019 19h00

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Em 2017, falávamos que a rede 5G seria implementada até o final de 2018. Em 2018, falávamos que o 5G chegaria no início de 2019. Estamos no início de 2019 e a previsão é de que, talvez, no final do ano, teremos o 5G funcional em algumas regiões. Mas por que vivemos essa corrida pela implementação do 5G?

Talvez você seja muito jovem para lembrar da Internet discada, mas eu faço parte desta geração. Toda vez que eu ligava meu Pentium, rodando com Windows 95, e conectava o computador à rede, minha mãe corria para a sala e me mandava “desligar a internet” porque aquele horário era caro demais ou porque alguém pudesse talvez querer ligar e o telefone estaria ocupado. Assim, eu tinha que esperar até a meia noite para concorrer com os meus outros três irmãos e ver quem iria usar a Internet primeiro.

Com a banda larga, as coisas ficaram muito mais fáceis, mais baratas (ok, nem tanto) e a Internet foi difundida. Depois, graças às redes de telefonia móvel, como o 3G e o 4G, nossos celulares se transformaram em computadores de bolso e hoje pagamos até 10 mil reais para termos essas máquinas inteligentes. E com a chegada do 5G as coisas mudarão para um patamar que poucos conseguem imaginar.

Você está entendendo aonde estou querendo chegar? Com a rede 5G, seremos capazes de transmitir dados com velocidades muito superiores às do 4G e em quantidade muito maiores. É por causa do 5G que tudo ao nosso redor poderá ser conectado e passaremos a viver na era da IoT, ou seja, da Internet das Coisas, em que carros se comunicam com bicicletas, que se comunicam com outras bicicletas, que se comunicam com o seu relógio e até mesmo com as suas roupas. Até mesmo bandagens e curativos contarão com a transmissão de dados via tecnologia 5G. Logo, a produção de informação será gigantesca e, mesmo que o 5G ainda não tenha chegado, todos sabemos que dados são a nova moeda de troca!

Em julho de 2018, o diretor de gerenciamento de produtos da Qualcomm no Brasil, Helio Oyama afirmou ao Olhar Digital que se o 3G foi um prenúncio para a Internet móvel e o 4G a tornou realidade, o 5G será a consagração do conceito. Em outras palavras, a forma da tecnologia como conhecemos hoje não se compara ao que podemos ter. E isso significa que, quem chegar lá primeiro, vai estar à frente dos demais em muitos níveis.

É por isso que vemos empresas tentando se sobressair das demais na malandragem (estou falando com você Claro, com você TIM e com você AT&T). É por isso que vemos grandes companhias da área de tecnologia ameaçando outras empresas e pedindo a intervenção do Estado na distribuição da frequência para o 5G, tais como Google. É por isso que vemos países como os Estados Unidos tentando de todas as formas esmagar empresas como a Huawei. Eles perceberam que ficaram para trás na corrida pelo 5G e uma fabricante chinesa se espalhou pelo mundo afora oferecendo cada componente chave para a implementação da quinta geração da Internet no mundo.

Eu, você e o vovô do YouTube queremos apenas assistir a nossa série sem cortes, subir um vídeo 4K rapidinho nas redes socias ou poder falar com amigos no exterior através de vídeo chamadas VoIP sem atrasos ou congelamentos de imagem. É isso que nós vemos, mas a indústria vê dados, vê a aceleração da aprendizagem de máquina, tecnologias de Inteligência Artificial cada vez mais otimizadas, enfim, vê potencial de faturamento. É por isso que o 5G virou a pauta do dia, do semana, do ano!

No Brasil, de acordo com a Anatel e com a OpenSignal, a previsão para a abertura de licitação para o 5G está prevista para o final de 2019 e início de 2020. Logo, não esperamos ver a tecnologia em uso antes de 2021. E por que não estamos surpresos?
Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

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