Olhando a escuridão sem fim do espaço, é fácil pensar no sistema solar como um vazio sem absolutamente nada. Mas os micrometeoritos do sistema solar interno, pequenas partículas de poeira espacial invisíveis a olho nu, voam ao redor da Terra a velocidades superiores a 64 mil km/h e isso apresenta riscos potenciais para naves espaciais.
Pesquisadores da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA) queriam descobrir com que frequência as naves espaciais são atingidas por poeira espacial. O estudo publicado pelo ‘Astrophysical Journal’ detalhou 54 colisões com uma sonda LPF que orbitou o planeta entre janeiro de 2016 e julho de 2017.
O objetivo inicial da sonda era mostrar que a tecnologia a bordo poderia ser usado em missões completas no futuro, mas antes do lançamento, os pesquisadores perceberam que os instrumentos sensíveis poderiam ser usados para detectar impactos muito pequenos.
Isso ocorre porque toda vez que a sonda é atingida, os pequenos propulsores ajudam a corrigir o curso. Examinando essas correções, é possível descobrir o que a atingiu e com qual força.
Depois, modelando os impactos, os pesquisadores foram capazes de descobrir onde os microesteroides podem ter se originado. As análises permitiram ver que grande parte da poeira espacial que colidiu com a sonda tem origem em cometas que orbitam Júpiter.
A ESA lançará uma evolução da LPF em 2034, com um conjunto de três naves dispostas em um triângulo, permitindo que os astrônomos cacem ondas gravitacionais com uma previsão ainda não vista.
Isso será de grande auxílio para o estudo de eventos cosmológicos extremos, como fusão de buraco negro.
Via: CNet