Pocophone F1 da Xiaomi é homologado no Brasil, mas não se empolgue

Renato Santino13/02/2019 23h55

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Uma notícia curiosa nesta quarta-feira, 13. Um celular da Xiaomi, mais especificamente o modelo Pocophone F1, passou pelo processo de homologação da Anatel, o que, em teoria, significa que ele pode ser vendido no Brasil de forma oficial.

A prática, no entanto, é um pouco diferente da teoria. Como percebeu o site Pinguins Móveis, a solicitação de homologação não foi feita pela Xiaomi, e sim por uma empresa chamada DL Eletrônicos, que vende todo tipo de aparelhos, como computadores, celulares, tablets, fones com uma marca própria. É pouco provável que a certificação tenha a ver com uma parceria de distribuição oficial no Brasil.

Reprodução

A notícia é interessante porque a Xiaomi não tem (mais) representação oficial no Brasil. A empresa até tentou entrar no mercado brasileiro, mas lançou apenas dois celulares básicos da linha Redmi 2, e seu alcance foi severamente limitado pela estratégia de focar no comércio eletrônico e não investir em publicidade, o que fez com que muitos sequer soubessem que a empresa tinha lançado algo no Brasil.

Não há exatamente como saber qual é o propósito da homologação por parte da DL. Existe, sim, a possibilidade de que a companhia tenha realizado o procedimento para comercializar o celular, mas também pode ser algo mais trivial. O próprio site Pinguins Móveis nota que a importação pode ser simplesmente para uso interno.

O Pocophone F1 foi o primeiro de uma submarca da Xiaomi, e junta especificações acima da média por um preço consideravelmente abaixo dos principais rivais. Pelo equivalente a 300 dólares, o celular oferece processador Snapdragon 845 – o mesmo usado no Samsung Galaxy Note 9 – e 6 GB de memória RAM.

O novo aparelho da Xiaomi ainda oferece outras duas opções de configuração. A mais poderosa, com preço sugerido de 415 dólares, conta com 8 GB de RAM e 256 GB de capacidade para armazenamento. O documento de homologação não detalha qual versão foi certificada pela Anatel.

As únicas coisas que se sabe com o documento é que o aparelho é fornecido com carregador, bateria interna não removível e que o aparelho conta com suporte ao 4G brasileiro nas bandas 3 e 7 (1,8 GHz e 2,6 GHz, respectivamente), mas não com a 28 (700 MHz), o que impede de aproveitar justamente aquela que é considerada a melhor frequência do 4G.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital