No mês passado, ao começar a transmissão no Facebook do tiroteio mortal na Mesquita Al Noor, em Christchurch, na Nova Zelândia, um atirador australiano fez referência a uma estrela do YouTube. “Lembrem-se, rapazes, inscrevam-se no PewDiePie”, disse. Pela primeira vez, o youtuber PewDiePie abordou o tiroteio em massa, que deixou 50 mortos, em um vídeo publicado no domingo (28). 

Felix Kjellberg, o responsável pelo canal, tuitou sobre a conexão na época e chamou o ataque de repugnante, mas não o abordou em seu canal no YouTube. O autor do crime, ao mencionar o popular youtuber, fazia referência à corrida entre Kjellberg e o Bollywood Studio T-Series para se tornar o canal mais seguido do YouTube.

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O youtuber agora pede que seus assinantes parem de usar o meme “Inscreva-se no PewDiePie”, enquanto discute seus sentimentos e suas perspectivas sobre o desconfortável elo com o agressor. “Ter meu nome associado a algo tão indescritivelmente vil me afeta de várias maneiras”, diz. “Eu não queria abordar isso imediatamente para não dar mais atenção ao terrorista. Para dizer claramente, não queria que o ódio vencesse.”

PewDiePie também discute algumas das retóricas mais sombrias e odiosas que surgiram com o meme, assim como as faixas que ele fez ao atacar o T-Series. Na Índia, os vídeos foram encarados como tão ofensivos que a Suprema Corte decidiu impedir que sejam vistos no país.

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Kjellberg já havia sido criticado em 2017 depois que o The Wall Street Journal publicou nove vídeos que continham conteúdo insensível, racista e anti-semita — e haviam sido visto 23 milhões de vezes. Além disso, o vinculam ao desfiguramento de um memorial da Segunda Guerra Mundial em Nova York.

O vídeo termina com a tentativa do youtuber de dar um tom mais positivo ao caso. Ele aponta ações incríveis dos fãs em seu nome, como levantar dinheiro para várias instituições de caridade da Índia e de todo o mundo.

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Confira o vídeo a seguir:

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Via: The Verge