Pesquisadores criam bateria voadora para manter drones no ar para sempre

Técnica prevê minidrones que alimentam um quadcóptero principal e se alternam na função
Renato Santino27/09/2019 17h29, atualizada em 27/09/2019 17h40

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Baterias são o grande limitador da tecnologia móvel. Isso é verdade não apenas para celulares, tablets e notebooks, mas também para robôs e drones. Estes últimos raramente superam 20 minutos de voo antes de precisar voltar ao chão. Diante dessa realidade, pesquisadores desenvolveram uma tecnologia que permite que drones tenham a bateria trocada no ar, o que proporcionaria, em teoria, a capacidade de permanecer em voo indefinidamente.

A ideia vem de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, inspirada em grandes aeronaves militares, que são abastecidas durante o voo por outros aviões menores. Para os drones, a solução foi fazer as próprias baterias serem capazes de voar para que a substituição possa ser realizada no próprio ar.

Os pesquisadores desenvolveram dois modelos de drones para a função: um quadcóptero principal grande, de 820 gramas, equipado com uma bateria de 2.200 mAh, que lhe dá uma autonomia de 12 minutos. Além disso, há quadcópteros menores, que funcionam como bateria portátil em si, que conta com uma bateria interna de 800 mAh, mas carrega uma capacidade de 1.500 mAh para abastecer o drone. A única função desse drone menor é acoplar-se ao seu alvo.

Para esse projeto funcionar, a bateria voadora posiciona-se acima do drone principal e começa a descer lentamente até estar a uma altura de 3 centímetros. Neste momento, o minidrone se alinha com as entradas de carregamento, o que permite que suas pernas transmitam a energia de sua bateria para o quadcóptero principal.

Cada uma das baterias voadoras proporciona mais 5 minutos de autonomia para o drone principal e, durante o processo de acoplagem e desacoplagem, o quadcóptero principal utiliza a sua própria bateria interna para se manter no ar. Os testes demonstraram que os 12 minutos de voo puderam ser transformados em uma hora inteira por meio dessa técnica.

A tecnologia talvez seja um exagero para drones usados para fins de lazer, como um hobby aos finais de semana, mas pode ser importante para sistemas nos quais o monitoramento via drone precisa ser ininterrupto.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital