Cientistas do Reino Unido revelaram recentemente o protótipo de um curativo que muda de cor quando detecta o início de uma infecção. As bandagens contém micro-cápsulas que se dissolvem, liberando um corante fluorescente não-tóxico, ao entrar em contato com certas bactérias que comumente causam infecções em feridas.
A novidade, que ainda não foi testada em humanos, tem o objetivo de facilitar a detecção de infecções em feridas. Segundo Toby Jenkins, cientista que liderou a pesquisa, existe um intervalo de algumas horas entre o aumento de uma população de bactérias na ferida e os sintomas da infecção aparecerem no paciente. O curativo consegue detectar a infecção antes mesmo que surjam os sintomas.
Com isso, ele permitirá detectar infecções com antecedência suficiente para evitar o uso de antibióticos. Esse é um benefício particularmente interessante: o uso frequente demais de tais remédios faz com que surjam bactérias resistentes a eles, o que torna o ambiente do hospital mais perigoso. Bandagens desse tipo poderiam ajudar a reduzir os casos de infecção hospitalar.
O curativo também é capaz de diferenciar entre bactérias patogênicas (as que causam infecção) e não-patogênicas, e só se torna fluorescente quando em contato com as primeiras. De acordo com o MIT Technology Review, as bandagens devem estar prontas para testes em humanos por volta de 2018.
Abaixo, há um vídeo em inglês que mostra como os curativos fluorescentes podem ajudar no tratamento de pacientes de queimaduras. Contudo, vale notar que ele contêm imagens fortes de crianças que sofreram queimaduras.