Números divulgados pela NetMarketShare, empresa que fornece dados de participação de mercado de sistemas operacionais, navegadores e mecanismos de busca, mostram um dado preocupante: apesar de ter sido descontinuado em 14 de janeiro deste ano, o Windows 7 se recusa a morrer.
Segundo a empresa, no mês de setembro o sistema estava rodando em 22,77% dos PCs analisados, o que representa um crescimento de quase meio ponto percentual em relação a agosto, quando tinha 22,31% do mercado.
O Windows 10 também continua crescendo e é o sistema operacional mais popular entre os “PCs”, com 61.26% do mercado, contra 60,57% em agosto. O terceiro colocado é o macOS 10.15 “Catalina”, presente em pouco mais de 5% dos computadores analisados.
Os dados da NetMarketShare vem dos navegadores de visitantes de sites que usam sua rede de produtos analíticos e de “bookmark social”. Segundo a empresa, são computadas mais de 100 milhões de sessões válidas todo mês, distribuídas entre milhares de sites.
O fato de que quase um quarto dos PCs analisados ainda utiliza um sistema operacional obsoleto é preocupante. Como foi descontinuado pela Microsoft, o Windows 7 não recebe mais correções de bugs e atualizações de segurança, o que deixa os usuários vulneráveis a eventuais falhas de segurança que ainda não foram descobertas e que poderão ser exploradas por criminosos para roubar informações ou mesmo dinheiro de suas vítimas.
Como incentivo para a migração, a Microsoft ainda oferece uma forma de upgrade gratuito de uma cópia original do Windows 7 para o novo sistema, porém apenas para usuários domésticos com licenças OEM, ou seja, aquelas que vem pré-instaladas no PC.
Em outubro passado a Kaspersky divulgou um estudo que mostrava que 41% dos computadores analisados ainda rodava um sistema operacional que não é mais suportado. Segundo Alexey Pankratov, gerente de soluções corporativas da Kaspersky, o uso do Windows 7 ainda é forte principalmente em empresas.
“Os motivos por trás desse atraso vão dos softwares executados, que podem não funcionar nas versões mais novas dos sistemas operacionais, até motivos financeiros e mesmo apenas o costume. Contudo, um sistema operacional sem correções representa um risco de cibersegurança, e o custo de um incidente pode ser significativamente maior que o custo da atualização. Por isso, recomendamos que os clientes migrem para as versões com suporte e garantam que as ferramentas adicionais de segurança estejam em funcionamento durante o período da transição”, afirma.
Fonte: Softpedia. Foto: Romolo Tavani / Shutterstock