Um estudo feito por economistas da Universidade de Stanford observou que pessoas que desativaram suas contas no Facebook ficaram mais felizes depois, relatando níveis mais altos de satisfação com a vida e níveis mais baixos de depressão e ansiedade.

O resultado foi obtido na verdade dentro de outro experimento, que investigava quanto dinheiro usuários da rede social aceitariam receber para desativar suas contas por um ou dois meses – em média US$ 100, com alguns indivíduos mais apaixonados pela rede cobrando até US$ 180.

Os economistas Hunt Allcott, Luca Braghieri, Sarah Eichmeyer e Matthew Gentzkow avaliaram 2.743 usuários norte-americanos nas semanas que antecederam as eleições de 2018 no país. Após o período fora da rede, os pesquisadores descobriram que a desativação do Facebook “reduziu a atividade online, enquanto aumentava atividades offline, como assistir TV e socializar com a família e amigos”.

Se desligar da rede social antes das eleições ainda teve impacto na redução do conhecimento factual das notícias e na polarização política, bem como trouxe aos usuários um “aumento do bem-estar subjetivo; e causou uma grande redução persistente no uso do Facebook após o experimento”.

Como base de comparação, o estudo afirma que isso representa cerca de 25 a 40% do efeito de intervenções psicológicas, incluindo terapia de autoajuda, treinamento em grupo e terapia individual. Sentimentos como ansiedade, depressão e insatisfação tornam o indivíduo mais vulnerável à publicidade e outras formas de manipulação comportamental – e acabam sendo, por isso, alimentados pelo algoritmo das redes sociais.

Por outro lado, a desativação, de acordo com a pesquisa, fez com que as pessoas apreciassem os impactos positivos e negativos do Facebook em suas vidas. “Cerca de 80% do grupo de tratamento concordou que a desativação era boa para eles, mas também era mais provável que pensassem que as pessoas sentiriam falta do Facebook se o usassem menos”.

Via: BoingBoing/Bloomberg