Cientistas conseguiram notar que pequenas flutuações de energia quântica fram capazes de “chutar” um grande espelho, tirando-o do alinhamento. Esse foi o primeiro deslocamento visto na escala humana. Porém, apesar de ser uma descoberta fascinante, representa um problema prático para as pesquisas do observatório Ligo, onde foi detectada. Segundo comunicado, a equipe está usando uma “prensa quântica” para escapar do problema e proteger as pesquisas.
O espelho foi movido apenas 10 zeptômetros (0,000 000 000 000 000 000 01 metro), mas, apesar de ser uma distância insignificante e imperceptível para humanos, faz grande diferença para os equipamentos sensíveis do Ligo. “Esse deslocamento dos espelhos é para um átomo de hidrogênio o que um átomo de hidrogênio é para nós – e medimos isso”, destacou Lee McCuller, pesquisador do Instito Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do MIT.
Pesquisadores do Ligo criaram “prensa quântica” para resolver problema gerado por descoberta. Foto: Ligo Lab
“O que há de especial nesse experimento é que vimos efeitos quânticos em algo tão grande quanto um ser humano“, disse Nergis Mavalvala, chefe do departamento de física do MIT. “Nós estamos sendo chutados, afetados por essas flutuações quânticas, todos os nanosegundos de nossa existência”, acrescentou. Apesar disso, destacou que “nossa energia térmica é muito grande para que essas flutuações quânticas afetem nosso movimento de forma mensurável”.
A solução encontrada pelos cientistas para não ter a pesquisa influênciada pela descoberta foi usar a tal “prensa quântica”. O equipamento sintoniza o ruído quântico em uma frequência específica e sem interrupções, a fim de evitar interferências futuras e fatorar o ruído quântico de fundo em suas análises de dados.
Via: Futurism