Pele artificial pode ajudar em tratamentos médicos e imersões em VR

Desenvolvida pela Escola Politécnica Federal de Lausana (EPFL), na Suíça, a pele artificial tem feedback tátil e estimula o tato via vibração e pressão
Redação30/09/2019 11h58

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Nossa interação com as novas tecnologias se dá principalmente pelo tato. Feedbacks táteis como biometria e touch, são partes fundamentais das nossas interações com smartphones e outros aparelhos e também com o mundo off-line. O assunto não é diferente quando falamos de ferramentas de realidade virtual, que utilizam o tato como elemento essencial para a imersão nas interações.

Pesquisadores do Swiss Federal Institute of Technology Lausanne (EPFL) desenvolveram uma pele artificial flexível que possui um feedback háptico e pode ser usada tanto para fins de realidade virtual, quanto para tratamentos médicos. A pele é feita de silicone e eletrodos e pode se adaptar em diversas formas, como enrolada na ponta do dedo ou do pulso para estimular o tato via pressão ou vibração.

A pele também possui sensores embutidos que podem detectar deformações e assim providenciar um feedback que seja ajustado em resposta aos movimentos, fazendo a pele ser mais confortável de usar e entregar uma sensação mais real. “Esta foi a primeira vez que nós desenvolvemos uma pele artificial macia, em que os sensores são integrados”, disse Harshal Sonar, pesquisador na EPFL e condutor do estudo.

Em um pronunciamento, Sonar também comentou que “isso nos dá um controle mais fechado, o que significa que podemos moldar com precisão e confiabilidade o estímulo via vibração sentida pelo usuário. Isso é ideal para aplicações usáveis, como para testar a propriocepção de um paciente em aplicações médicas”.

A pele artificial é tanto elástica quanto flexível e pode ser esticada até quatro vezes seu tamanho original. Isso significa que ela pode suportar os rigores dos movimentos diários e assim, se tornar uma ferramenta interessante para pacientes que perderam alguma parte do tato. Ao mesmo tempo, ela pode ser utilizada também para criar experiências imersivas de realidade virtual.

“O próximo passo vai ser desenvolver um protótipo totalmente usável para aplicações em reabilitações e realidades aumentadas e virtuais”, afirmou Sonar. “O protótipo também será testado em estudos neurocientíficos, em que pode ser utilizada para estimular o corpo humano enquanto pesquisadores estudam a dinâmica da atividade cerebral em experimentos de ressonância magnética”.

Via: Digital Trends

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital