O fundador da Huawei, Ren Zhemgfei, disse que o Estados Unidos “subestimou” o impacto da decisão que pode prejudicar a capacidade de sua empresa de colaborar com americanas como Google e Qualcomm. Falando à mídia estatal chinesa, ele minimizou o impacto das recentes restrições dos EUA e disse que ninguém poderia alcançar sua tecnologia 5G em um futuro próximo.
Na semana passada, os EUA adicionaram a Huawei – a maior fabricante de tecnologias de telecomunicações do mundo – a uma lista de nomes com as quais as empresas americanas não podem negociar, a menos que tenham uma licença do governo. A medida marcou uma escalada nos esforços dos EUA para bloquear a ação dessas em seu território por representarem uma ameaça à segurança nacional.
O Google revogou a licença de atualizações de seu sistema operacional Android aos dispositivos da gigante de tecnologia chinesa. Mais tarde, o Departamento de Comércio dos EUA emitiu uma licença temporária que permitiu que algumas empresas continuassem a dar suporte a redes. Os EUA disseram que emitirão a licença de 90 dias que “permitirá que as operações continuem para os atuais usuários de telefones celulares da Huawei e redes rurais de banda larga”, disse o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross.
Ren diz que a extensão de 90 dias para relações comerciais normais concedidas pelo país governado por Donald Trump não fará diferença para a chinesa devido à contingência de planos existente da empresa.
“A prática atual dos políticos norte-americanos subestima nossa força”, disse Ren à mídia chinesa na terça-feira (21). “Nossa rede 5G da absolutamente não será afetado. Em termos de tecnologias 5G, outros não conseguirão alcançar a Huawei em dois ou três anos. Nós nos sacrificamos para estar no topo do mundo, para alcançar este ideal, mais cedo ou mais tarde haverá conflito com os EUA”.
A batalha pela Huawei aumentou as tensões em uma guerra comercial que se intensificou entre as duas principais economias do mundo, com ambos os lados trocando aumentos acentuados nas tarifas, já que as negociações fracassaram.
Via: The Guardian