A China não é mais o epicentro da pandemia causada pelo coronavírus, anunciou nesta sexta-feira (13) a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse título agora recai sobre a Europa, onde o vírus tem se espalhado em altíssima velocidade, atingindo de forma especialmente grave a Itália e crescendo rapidamente na Espanha, França e Alemanha.

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, afirmou em conferência virtual que o continente europeu agora concentra a maior parte dos novos casos e mortes do que o restante do mundo, com exceção da China.

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A declaração vem em um momento no qual a China parece ter conseguido controlar a propagação do vírus por meio de medidas de contenção severas, que aos poucos começam a se difundir para outras partes do mundo. Enquanto isso, os casos na Europa começam a se multiplicar rapidamente, servindo como canal de transmissão para outras partes do mundo, como o Brasil, onde as primeiras infecções confirmadas vieram a partir de viajantes que estiveram no continente europeu.

Adhanom também utilizou o evento para anunciar a criação de um fundo de apoio que permite que pessoas e organizações doem dinheiro para ajudar a compra de itens como máscaras, luvas e outros equipamentos de segurança para trabalhadores da saúde e investir em pesquisa e desenvolvimento de uma vacina. Entre as companhias que já confirmaram contribuições ao fundo estão Facebook, que pretende igualar as contribuições até US$ 10 milhões, e o Google, que já confirmou US$ 5 milhões.

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Aos poucos, o mundo começa a agir de forma mais assertiva para tentar conter o vírus. Nesta sexta-feira (13), o maior caso foi o dos Estados Unidos, onde Donald Trump, fez um pronunciamento público para anunciar que emitiu uma declaração de Estado de Emergência Nacional. A medida libera US$ 50 bilhões em financiamento adicional para o combate ao surto e dará às autoridades mais autonomia para acelerar a aplicação de testes na população.