O plano da Amazon para furar a concorrência no Brasil

Renato Santino16/10/2017 21h50

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A Amazon está prestes a chegar ao Brasil. A gigante do comércio deve começar a vender eletrônicos no país a partir de quarta-feira, 18, e a estratégia para começar a roubar o mercado das concorrentes começa a ficar clara. A companhia deve oferecer condições mais vantajosas para os lojistas que aceitarem comercializar seus produtos pelo seu marketplace.

Segundo o Valor Econômico, que revelou o plano de expansão de atividades no dia 18 de outubro, a empresa está negociando com as parceiras um valor de comissão abaixo do que a concorrência propõe. Na teoria, isso também permitiria comercializar produtos com preço mais baixo.

As fontes escutadas pelo jornal dizem que a comissão cobrada pela B2W, empresa que controla sites como Submarino e Americanas.com, fica na casa de 12%. Já a Amazon estaria cobrindo as ofertas com propostas de comissão de apenas 10%.

A decisão seria estratégica, uma vez que a Amazon precisa conquistar parceiros, mas ainda não tem um pacote de serviços tão completo quanto o de concorrentes no Brasil. A empresa ainda não conta com serviço de publicidade ou logística nem infraestrutura de entrega nacional, segundo uma das pessoas ouvidas pela reportagem envolvida nas negociações. A comissão mais barata seria uma forma de compensar e tornar seu pacote mais atraente.

De qualquer forma, as varejistas já estão sentindo a pressão da maior rede de e-commerce do mundo finalmente olhando para o Brasil. Desde sexta-feira, 13, o primeiro dia de negociações após o feriado na Bolsa, ações de Magazine Luiza, B2W e ViaVarejo têm visto quedas expressivas, superando os 10%.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital