O primeiro cabo submarino de internet do Atlântico Sul finalmente ficou pronto. O Sistema de Cabo do Atlântico Sul (SACS) conecta Fortaleza (CE), no Brasil, a Ruanda, em Angola, e atinge velocidades de transmissão de dados de até 40 Terabits por segundo.
O cabo foi construído pela NEC Corporation e pela Angola Cables. Além de conectar o continente africano à América Latina diretamente, o sistema também liga a África aos Estados Unidos por um caminho mais curto e mais rápido que o tradicional.
Através do SACS, a conexão entre Miami (EUA) e Cidade do Cabo (África do Sul) tem latência de 163 milissegundos. Na rota anterior, era de 338 milissegundos. O sistema é composto por quatro pares de fibra óptica e tem vida útil de pelo menos 25 anos.
A instalação do cabo começou em agosto. O investimento total da Angola Cables, que vai administrar o SACS, foi de US$ 130 milhões. Parte do financiamento veio do Banco do Japão para Cooperação Internacional (JBIC).
O SACS não só serve para ligar a África à América, mas também servirá para criar mais um caminho entre o Japão e os Estados Unidos – daí o interesse dos asiáticos no empreendimento. “Nossa ambição é transportar dados da América do Sul e Ásia por meio do nosso hub africano”, disse Antonio Nunes, diretor executivo da Angola Cables.
Partindo ou passando por Fortaleza, já existem hoje 12 cabos submarinos de internet, entre eles o Monet, criado pelo Google, que liga o Brasil aos EUA, e o EllaLink, que conecta o nosso país a Portugal, na Europa.