Após decisão da Legislatura de Nova York, escolas do estado estão proibidas de usar sistemas de reconhecimento facial até 2022. Caso o projeto de lei seja aprovado pelo governador Andrew Cuomo, instituições de educação de Nova York terão de estudar e criar regulamentações para o uso da tecnologia.

Segundo a diretora adjunta do Centro de Políticas Educacionais, Stephanie Coyle, o uso do reconhecimento facial pode trazer experiências negativas para negros, mulheres e homossexuais. Em declaração à União das Liberdades Civis de Nova York (NYCLU), ela explicou que, em um ambiente repleto de jovens, possíveis falhas de identificações podem ocasionar casos desastrosos, como bullying e brincadeiras de mau gosto.

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“As escolas devem ser um ambiente onde as crianças possam aprender e crescer, e a presença de um sistema falho e racialmente tendencioso, que monitora constantemente os alunos, torna isso impossível”, explicou a diretora.

 

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Diversos casos de falhas em reconhecimentos faciais têm sido reportados ao redor do mundo. Foto: Mike MacKenzie/Creative Commons

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Escola protesta

A suspensão acontece um mês após a União das Liberdades Civis de Nova York processar o Departamento de Educação do Estado por aprovar que a escola Lockport City School District’s implantasse o uso do sistema de reconhecimento facial. O colégio havia iniciado os testes com a tecnologia em junho de 2019, por meio do sistema conhecido como “Aegis”. A utilização foi efetivada no começo deste ano.

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A escola, no entanto, discordou da decisão. A superintendente do colégio, Michelle Bradley, afirmou que não há bases sólidas capazes de proibir o uso de uma tecnologia que já havia sido aprovada.

Ela argumenta ainda que o uso da ferramenta torna-se imprescindível em tempos atuais, otimizando os acessos nas triagens de temperaturas para combater a Covid-19.

Via: Engadget