Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos disse, nesta terça-feira, 16, que a cidade de Nova York pode proibir anúncios no interior dos veículos da Uber e da Lyft. A medida é considerada uma grande vitória aos milhões de passageiros, que acham as propagandas “extremamente irritantes”.

Um tribunal em Manhattan reverteu uma decisão em primeira instância e determinou que a proibição não viola a Primeira Emenda da Constituição dos EUA. O caso em questão se refere à Vugo, uma empresa de tecnologia de Minnesota que coloca conteúdo digital no interior dos seus veículos de transporte privado. A companhia processou a cidade de Nova York em 2015, alegando que o banimento dos anúncios fere a liberdade de expressão comercial.

O juiz Robert Katzmann acredita que a proibição é um meio razoável para promover o interesse da cidade em “melhorar a experiência geral do passageiro”. Há, no entanto, uma exceção para a Taxi TV, que a Comissão de Táxi e Limousine (TLC, em inglês) da cidade usa para exibir propagandas. A justificativa é que os anúncios compensam o custo da instalação de tecnologia obrigatória para ajudar os passageiros a monitorar as tarifas e pagar com cartão de crédito.

A Vugo, que divide receita publicitária com motoristas, entrou com uma ação semelhante contra Chicago em fevereiro de 2017. Esse caso foi arquivado em dezembro de 2018, de acordo com registros do tribunal. Representantes da Vugo e de Nova York não comentaram sobre o assunto.

Fonte: Reuters