Netflix precisou desembolsar uma fortuna para manter ‘Friends’ no catálogo

Apple e Hulu disputavam direito da série que passou a custar US$ 100 milhões por ano à Netflix
Renato Santino06/12/2018 23h55

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Durante a semana, houve um burburinho de que a série “Friends” seria removida do catálogo da Netflix ao final do ano. A empresa se esforçou para tranquilizar o público, mas ao que tudo indica, essa possibilidade foi real e bastante grande, forçando a companhia a pagar caríssimo para manter o conteúdo, que é um dos mais populares do acervo no mundo todo.

O que acontece é que a competição para ter os direitos de transmissão do seriado esquentou bastante nos últimos tempos, como descobriu o site Recode. A Hulu, concorrente da Netflix que é controlada por várias empresas grandes do setor de mídia e telecomunicação dos EUA (Disney, Fox, Comcast e AT&T), entrou pesado na briga e acabou fazendo a Netflix pagar caro para manter os direitos. Além disso, a Apple também entrou na jogada para tentar trazer “Friends” para o seu próprio serviço de streaming que ainda não foi lançado.

A publicação menciona que o acordo da Netflix previa o pagamento de US$ 30 milhões por ano pelos direitos exclusivos de transmissão de “Friends”, mas precisou ampliar consideravelmente a oferta diante da concorrência. Os valores chegaram a US$ 100 milhões por ano.

E o que acontecerá em 2020? O contrato, como informa o Recode, prevê que a WarnerMedia, empresa que detém os direitos de “Friends”, tem algumas opções. A companhia também deve lançar seu próprio serviço de streaming, e o contrato permite que ela tenha exclusividade de transmissão do seriado a partir de 2020, o que significaria tirar o conteúdo do acervo da Netflix. No entanto, há uma outra alternativa: permitir que a Netflix continue exibindo “Friends”, mas com um desconto de 25% pela perda da exclusividade; neste caso, a empresa pagaria apenas US$ 75 milhões por ano.

Também é sempre importante notar que os acordos da Netflix normalmente são regionais, o que significa que cada localidade pode ter suas peculiaridades. Existe a possibilidade de que os direitos de transmissão no Brasil nunca tenham sido ameaçados enquanto essa guerra rolava nos Estados Unidos.

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Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital