A Netflix sempre teve como ponto forte o valor que seu serviço – a maior plataforma de streaming do mundo – oferece aos usuários em relação ao preço que pagam. Mas esse preço pode aumentar em um futuro próximo.

Esse valor agregado ficou ainda mais evidente neste ano. A Netflix passou por todo o turbulento ano de 2020 sem grandes alterações em seu cronograma, lançando novas produções mesmo com a pandemia de coronavírus. Só em outubro, por exemplo, a plataforma terá 59 novos filmes e séries originais. Isso é ainda mais importante para a Netflix atualmente, já que diversas outras empresas entraram no mercado de streaming e buscam os mesmos clientes da plataforma, mas a Netflix segue firme na primeira posição.

Esses fatores levantam algumas questões. Por exemplo, o quanto você gosta da Netflix? Ela é essencial ou você prefere outras formas de entretenimento? Vale o questionamento porque, de acordo com o analista de mercado Alex Giaimo, da Jefferies, o preço da assinatura da Netflix vai subir muito em breve, e isso pode afetar suas economias.

Em nota aos clientes, Giaimo prevê um “provável” aumento de preços na Netflix em breve na Europa e América do Norte. “Após uma mudança na linguagem sobre os preços da chamada (do segundo trimestre), acreditamos que um aumento potencial é provável no curto a médio prazo”, escreveu.

“No primeiro trimestre, a Netflix disse que ‘nem mesmo estava pensando em aumento de preços’, enquanto a linguagem no segundo trimestre era mais direta”, disse Giaimo. Logicamente, caso isso se confirme, podemos esperar um aumento também no Brasil.

Segundo o analista, um acréscimo de apenas um ou dois dólares nas mensalidades de usuários da América do Norte ou Europa poderia gerar entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão aos cofres da Netflix. Mas calma, não precisa se preocupar com isso agora. Para Giaimo, o “mais provável” é que o reajuste atinja primeiro os usuários da Europa, África e Oriente Médio.

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Analista prevê aumento de preços em mensalidades da Netflix. Imagem: cottonbro/Pexels

Até certo ponto, não é algo surpreendente; a empresa não vende anúncios em seu site ou os reproduz durante o conteúdo, então as taxas de assinatura são sua fonte de renda – fato que garante aumentos nas mensalidades, ainda que pequenos e graduais. Por sinal, clientes nos EUA não veem reajustes em suas contas desde maio de 2019 (o quarto aumento desde 2010). À época, o valor do plano mais popular saiu de US$ 11 para US$ 13.

Atualmente, a Netflix opera em mais de 200 países. Seu número de assinantes estagnou nos EUA, mas segue crescendo em outras partes do mundo. “Temos confiança de que a Netflix pode aumentar os preços nos mercados internacionais devido ao aprofundamento do catálogo e à exagerada proposta de valor para o consumidor”, concluiu Giaimo.

No dia 20 de outubro, a Netflix divulgará seu balanço do terceiro trimestre. Outras notícias sobre um aumento podem surgir nessa época.

Via: BGR