Netflix perde US$ 192 milhões por mês por culpa da pirataria, diz estudo

Muitos usuários da rede de streaming utilizam cadastros de amigos ou familiares para não pagar pelo serviço
Redação01/03/2019 12h47, atualizada em 01/03/2019 14h30

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Uma nova pesquisa da empresa Cordcutting mostra que uma em cada cinco pessoas se aproveita da conta de outros usuários para utilizar os serviços do Netflix, Hulu e Amazon Prime. O Netflix é a empresa que mais sofre com esses usuários “piratas”, que tendem a ficar uma média de 26 meses na rede, comparado a 16 meses na Amazon Prime e 11 no Hulu.

Pode até parecer que não pagar pelo serviço é indiferente na receita da empresa, mas o estudo mostrou que o valor pode chegar a cerca de $192 milhões por mês. Isso porque, considerando que o preço básico do Netflix é de R$19,90 mensais, em 26 meses, isso equivale a até R$517 por usuários. E na escala de cerca de 24 milhões de usuários que não pagam pelo serviço, o prejuízo da empresa chegaria a mais de 12 bilhões de dólares.

No plano comercalizado nos EUA, custando $7,99 dólares, seriam cerca de $192 milhões não adicionados a receita por mês, diz o estudo.

Reprodução

Enquanto isso, o Amazon Prime Video e o Hulu têm uma estimativa de 5 milhões de usuários piratas. O que acarreta numa perda mensal de $45 e $40 milhões de dólares, respectivamente. Mesmo assim, estes dois serviços ainda possuem uma vantagem gigantesca sobre o Netflix.

De acordo com a pesquisadora, isso acontece porque a pirataria nesse streaming fica muito em família – 48% usam a conta dos pais e 14% dos irmãos.

Entre estes, os milênios são os que mais aproveitam o serviço “gratuitamente”: 18% na Netflix e 20% na Hulu. Nesse caso, a Amazon Prime é a excessão, pois 19,5% dos “parasitas” são da geração Baby Boom – nascidos por volta de 1945 e 1960.

Reprodução

Existe um argumento que afirma que essa quantia de dinheiro não pode ser considerada uma perda, porque, em primeiro lugar, os pirateadores nunca pagariam pelo serviço de qualquer jeito. O estudo, entretanto, mostra que 59,3% dos entrevistados pagariam pela Netflix se não tivessem acesso grátis, o que condiz com pelo menos metade da receita de 192 milhões de dólares mensais.

Lógico que não é completamente seguro afirmar que todos que responderam a pesquisa realmente se comprometeriam com a mensalidade, porém já é um aumento significante da receita.

Uma das ações tomadas por essas companhias foi diminuir o preço. A Hulu lançou planos de $5,99 dólares mensais essa semana. Por outro lado, o Netflix aumentou em um dólar seu serviço básico, provavelmente porque sabe do seu valor no mercado, principalmente depois das 15 indicações ao Oscar.

Vale notar que o estudo foi feito com base no plano básico que permite que o usuário assista apenas uma tela por vez. O estudo completo você acessa aqui.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital