No dia 20 de julho de 1969, um homem pisava na Lua pela primeira vez, com a missão Apollo 11 realizada pela Nasa. Cinquenta anos após esse marco, os Estados Unidos (EUA) pressionam a agência espacial para levar astronautas de volta ao satélite natural até 2024. Para alcançar seu objetivo, a Nasa pensa em fazer parcerias com empresas espaciais privadas, como a SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin, fundada por Jeff Bezos.
A missão é chamada de Artemis, uma homenagem à deusa grega da Lua irmã gêmea de Apolo, já que uma das metas do plano é levar a primeira mulher à Lua. Diferente do programa Apollo, dessa vez a Nasa quer enviar cargas e suprimentos para a superfície lunar, construir uma base permanente e começar a procurar por gelo.
Cientistas, bem como a própria Nasa, já confirmaram a existência de água na Lua, tanto congelada, quanto no estado líquido. A tripulação poderia extrair o recurso, derretê-lo e transformá-lo em oxigênio para ser usado como combustível do foguete e impulsionar as viagens a Marte.
A agência espacial dos EUA planeja usar foguetes do Sistema de Lançamento Espacial financiado pelo governo para retornar à Lua em até cinco anos. No entanto, esses veículos não começarão a ser lançados até o final de 2021, além de o programa ter um custo de bilhões de dólares – exatos US$ 12,2 bi – acima do orçamento proposto pelo EUA.
Por isso, funcionários da administração de Donald Trump e executivos da Nasa sinalizam que a agência poderia pedir ajuda a empresas como a SpaceX e Blue Origin. Se a indústria espacial projetar tecnologias para voltar à superfície lunar de forma mais rápida e barata que o plano do governo norte-americano, os setores poderiam se unir para acelerar a missão.
Enquanto isso, a SpaceX avança e, segundo Musk, poderia tentar aterrissar na Lua em um voo automatizado sem tripulação antes do final de 2021. Um ou dois anos mais tarde, diz Musk, a empresa já poderia conduzir uma missão para levar astronautas até o satélite natural. A companhia pretende realizar o feito usando seu foguete reutilizável Starship, que está sendo desenvolvido para transportar pessoas para a Lua e Marte.
À imprensa internacional, Musk provocou a Nasa, dizendo que completar uma missão privada pode ser mais fácil do que tentar persuadir a agência a se envolver no desenvolvimento do sistema Starship. “Pode ser literalmente mais fácil simplesmente pousar o Starship na Lua do que convencer a Nasa de que isso é possível”, disse o fundador da Tesla.
Mas a parceria parece ser uma solução cada vez mais viável. O diretor financeiro da Nasa, Jeff DeWit, disse ao site Business Insider, que acredita que as chances de a SpaceX pousar na Lua com a Starship antes da agência espacial “são escassas”. No entanto, ele ressaltou que há sim uma possibilidade de uma parceria com o setor privado. “Mais poder para ele. Espero que ele faça isso”, afirmou DeWit sobre Musk. “Se ele puder fazer isso, faremos uma parceria e chegaremos lá mais rápido”, revelou.
DeWit, que está encarregado de ajudar nas decisões econômicas da Nasa, acrescentou que, por conta de a SpaceX ser americana, ele “adoraria fazer parceria com ela para executar a missão”. O executivo concluiu que a agência “adoraria trazer” para o programa Artemis qualquer empresa do setor aeroespacial que tenha tecnologia avançada para ajudar a agência a alcançar seus objetivos.
Via: Business Insider