Em 6 de setembro deste ano a Índia tentou se juntar ao seleto clube de nações que conseguiram pousar um veículo na Lua. Parte da missão Chandrayaan-2, o módulo Vikram deveria realizar um pouso controlado próximo ao polo sul e liberar o rover Pragyan, que procuraria por água durante um dia lunar, o equivalente a 14 dias na Terra.
Entretanto, poucos segundos antes do pouso a comunicação com Vikram foi interrompida. Inicialmente a agência espacial indiana (ISRO) acreditava que se tratava apenas de um erro de comunicação, e que o módulo havia pousado em segurança. Mas com o passar do tempo, ficou claro: Vikram havia colidido contra a superfície lunar.
Agora novas imagens divulgadas pela equipe responsável pela câmera do Lunar Reconoissance Orbiter, satélite da Nasa em órbita da Lua, trazem mais detalhes sobre o ocorrido. Elas mostram extensa evidência da colisão, bem como de locais onde o solo lunar foi perturbado como consequência.
As primeiras evidências do impacto foram descobertas em imagens obtidas em 17 de setembro por Shanmuga Subramanian, que identificou uma “anomalia” brilhante no solo lunar. Imagens posteriores, obtidas entre 14 e 15 de outubro e 11 de novembro, sob melhores condições de iluminação, ajudaram a identificar os destroços.
Local de impacto do módulo Vikram (a “mancha” clara no centro da imagem)
Segundo a Nasa, os maiores pedaços identificados medem 1,5 metros de comprimento. O Vikram tinha 3,2 metros de comprimento, 2,2 metros de largura e 5,8 metros de altura, com um peso total de 1,4 toneladas. Embora o módulo lunar e o rover tenham sido destruídos, o veículo orbital Chandrayaan-2 continua em atividade, coletando dados sobre a superfície lunar.
Fonte: Space.com