Mudança de Intel para ARM reduzirá custos da Apple com chips em até 60%

Analista prevê que migração começará com os Macs de baixo custo neste ano, com uma estratégia "agressiva". Mudança poderá dar aos Macs mais desempenho e maior autonomia de bateria
Rafael Rigues27/03/2020 14h23, atualizada em 27/03/2020 14h25

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O analista de tecnologia Ming-Chi Kuo, especializado na Apple, já havia afirmado que a Apple iniciará ainda neste ano uma migração da plataforma de hardware de seus Macs, substituindo os processadores produzidos pela Intel por chips próprios baseados na arquitetura ARM. Agora, uma nova análise detalha o quando a empresa se beneficiará com essa migração.

Kuo espera que a Apple adote uma “estratégia agressiva” de substituição dos processadores Intel, começando em um produto de baixo custo (como um Mac Mini ou o Macbook Air) e gradualmente “subindo” na escala para produtos mais caros e que exigem mais poder de processamento.

A migração não deve afetar o desempenho dos produtos, já que os chips da “família A” da Apple, especialmente os usados nos iPad Pro, já há algum tempo são mais rápidos que chips Intel da mesma categoria.

Dados obtidos com o benchmark Geekbench mostram que o processador A12z do novo iPad Pro, por exemplo, é 6% mais rápido que o Intel Core i5 do Macbook Air 2020. Entretanto, quando o assunto é multiprocessamento ele chega a ser 77% mais rápido. E o multiprocessamento é o que mais importa em um sistema operacional moderno como o mac OS.

Segundo Kuo, a migração representará para a Apple uma economia de 40 a 60%, no custo dos processadores, em relação ao que a empresa paga hoje para a Intel. Entretanto, a Apple terá que investir na aquisição de componentes extras, como controladoras USB externas, que hoje são integradas aos processadores da Intel.

Kuo espera que a migração para os processadores ARM e o apelo de recursos que eles trarão, como maior autonomia de bateria e desempenho gráfico, irão resultar em um aumento das vendas de Macs. Atualmente a Apple vende 20 milhões de Macs por ano, considerando todos os modelos. Kuo espera que esse número suba para 30 milhões de unidades.

Fonte: 9to5Mac

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital