Para garantir a funcionalidade e a resistência de seus dispositivos, a Motorola desenvolveu um novo processo de teste mais rigoroso. A fabricante utiliza um conjunto de câmeras que monitora em tempo real uma espécie de robô. Essa máquina fica responsável por abrir e fechar a tela de smartphones como o Razr 2020, até que um deles apresente alguma falha.

Segundo a empresa, o novo aparelho dobrável poderá abrir e fechar por 200 mil vezes sem apresentar defeitos. Se o dispositivo ficar em uso por cinco anos, poderá ser aberto e fechado até 100 vezes por dia pelo usuário, algo que, na prática, já confere vida útil suficiente para o gadget.

Recriar 200 mil aberturas, mesmo em laboratório, não é algo fácil e prático. Para isso, a máquina desenvolvida pela fabricante tem que abrir e fechar o Razr a cada quatro segundos. Nesse caso, são necessários 10 dias ininterruptos para atingir a marca prevista pela Motorola.

Créditos: Patrick Holland/ReproduçãoProcesso de testes mais rigorosos deve garantir durabilidade extra para novos aparelhos da Motorola. Imagem: Patrick Holland/Reprodução

A fabricante também investiu em 40 laboratórios dedicados apenas para testes relacionados ao design e a qualidade de seus dispositivos. Esse processo vai desde o desenvolvimento até a fabricação de cada aparelho.

Durabilidade ainda deixa a desejar

Algo que ainda gera desconfiança do consumidor na hora de investir em um smartphone dobrável é sua durabilidade. É importante destacar que um gadget dessa categoria depende de uma série de mecanismos internos para abrir e fechar sem causar problemas em outros componentes sensíveis. No caso do Galaxy Fold, por exemplo, o aparelho acabou apresentando poeira no display depois de um determinado tempo de uso.

Com a Motorola não foi diferente. Além de algumas unidades do Razr original descascarem em pouco tempo de uso, o gadget também não conseguiu atingir o número de vezes que poderia ser aberto e fechado sem apresentar defeitos.

Fonte: Cnet