Um motorista britânico chamado Bhavesh Patel, dono de um Model S, um dos carros elétricos da Tesla, foi condenado nesta semana por ter trocado de assento com o seu carro em movimento, operado pelo sistema de piloto automático.
Patel foi flagrado por outra pessoa na pista no dia 21 de maio do ano passado. Ele estava sentado no banco do passageiro enquanto o piloto automático do carro estava ligado, o que vai contra as recomendações de segurança da Tesla.
Segundo a montadora, o sistema de direção assistida não faz o carro se tornar completamente autônomo. O piloto automático garante que aceleração, freio e movimentos limitados do volante sejam operados pela máquina, mas o motorista deve manter sempre as mãos no volante e atenção à estrada.
A polícia de Hertfordshire, condado inglês onde o incidente ocorreu, disse à BBC que Patel desobedeceu a todas estas instruções. O veículo estava a 64 quilômetros por hora numa rodovia movimentada, segundo as autoridades.
O caso foi levado à Justiça britânica, que o condenou nesta semana. Além de ter sua habilitação suspensa por 18 meses, ele terá de pagar 1.800 libras de multa, passar por 10 dia de reabilitação e prestar 100 horas de trabalho comunitário.
Felizmente, nenhum acidente aconteceu, mas não seria a primeira vez que um cliente da Tesla exagera na confiança. Recentemente, um outro carro da empresa bateu e matou o único ocupante com o modo de piloto automático ligado. A montadora diz que o motorista não estava atento à pista.
Em março deste ano, um outro acidente envolvendo carros sem motorista. Um veículo autônomo da Uber, ainda em fase de testes, mas com uma tecnologia teoricamente mais completa e confiável que a da Tesla, atropelou e matou uma mulher nos Estados Unidos. A polícia ainda investiga o caso, mas tudo leva a crer que, neste caso, foi erro da máquina.