O MIT desenvolveu um robô que pode estender seu comprimento do mesmo jeito que uma planta jovem cresce. Para isso, os pesquisadores criaram um protótipo não exatamente macio, o que significa que ele pode atingir uma altura anteriormente inacessível, ao mesmo tempo em que mantém a rigidez e a força necessárias para suportar uma garra ou outra ferramenta em suas extremidades.
Este novo robô resolve um grande desafio para robôs industriais e comerciais, que precisam alcançar espaços apertados ou circular em ambientes desorganizados de fábricas ou armazéns. A maioria dos robôs, atualmente, precisa de um amplo espaço aberto para operar, e o formato da fábrica costuma ser projetado para acomodá-los. Eles também são muito restritos às suas dimensões originais, o que torna raro encontrar um robô multitarefas.
Para superar estas dificuldades, o robô do MIT usa um aparelho semelhante a uma corrente de bicicleta. A diferença é que ele é um sistema de blocos interligados que podem “travar” um no outro para formar uma coluna rígida e depois “desbloquear” para retornar a um estado flexível. Ou seja, o robô pode percorrer o chão da fábrica com seus braços guardados até que precise estendê-los para manipular uma máquina, por exemplo.
Os estudiosos da área chamam esse desafio da robótica de “último pé”, porque envolve a passagem de um espaço amplo e de fácil acesso para uma área mais difícil de alcançar. Na robótica industrial, trata-se de deixar de trabalhar ao ar livre para se adaptar em espaços apertados e confinados.
Desbloquear esse tipo de flexibilidade para a robótica industrial permite explorar novas possibilidades no ambiente de trabalho, além de atribuir aos robôs novas tarefas em outras situações. Ou seja, estes “grobots” (growing robots) têm muito potencial fora do laboratório.
Fonte: TechCrunch