O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), Gilberto Kassab, está sendo acusado de ter recebido propinas no valor de R$ 5,5 milhões da empresa JBS. A acusação foi registrada no depoimento de delação premiada de Ricardo Saud, diretor da empresa, nesta sexta-feira, 19.
Conforme noticiado pelo portal R7, Saud diz que o político utilizou o dinheiro para diversos fins e também para apoiar outros políticos. “O PT comprou o apoio do PSD do Kassab com propina. Uma parte ele (Kassab) pôs para a campanha dele do Senado (em 2014), uma parte ele ajudou uns poucos candidatos a deputado dele, uma parte ele investiu no Robinson Faria (candidato ao governo do RN), e uma parte ele tirou para ele pessoa física”.
O delator ainda informou que Kassab teria solicitado para a JBS manter a posse de uma quantia que seria dividida posteriormente. “Ele pediu para a gente guardar R$ 7 milhões para ele. Desses R$ 7 milhões, ele iria dividir em 22 parcelas de R$ 250 mil, porque tinha impostos e essas coisas.”
Segundo explica, a JBS usou notas fiscais frias para pagar as parcelas à EAP Consultoria e Debates Ltda., empresa de Renato Kassab, irmão do ministro. Para completar, Saud afirma que Flavio Castelli Chery, tesoureiro do PSD, também estava envolvido na operação. “Flavio era o imediato do Kassab. Era quem conversava comigo na ausência do Kassab”, confidenciou.
Posicionamento
O Olhar Digital entrou em contato com a assessoria de Gilberto Kassab para saber seu posicionamento diante do caso. A assessoria nos respondeu com uma nota que pode ser lida, na íntegra, abaixo: