Microsoft se une a projeto de Inteligência Artificial para diagnosticar doenças

Projeto tem a finalidade de mapear o sistema imunológico usando IA e aprendizado de máquina
Rene Ribeiro04/01/2019 23h16, atualizada em 07/01/2019 11h30

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A Inteligência Artificial é uma das áreas em que a Microsoft está mostrando mais interesse atualmente. Um exemplo recente disso foi a compra da empresa texana XOXCO , provedora de softwares de desenvolvimento voltados ao campo da inteligência artificial e bots conversacionais, em um anúncio feito por Lili Cheng, vice-presidente de AI da companhia.

A Inteligência Artificial tem gama enorme de aplicações, e o campo da saúde é uma área que também pode se beneficiar da presença da IA. Prova disso é uma associação entre a Microsoft com a empresa Adaptive Biotechnologies, que se uniram para decodificar o sistema imunológico humano usando IA e aprendizado de máquina.

O objetivo inicial do projeto é facilitar e agilizar o diagnóstico de diferentes tipos de doenças por meio de uma análise simples do sangue e com a ajuda da Inteligência Artificial e do aprendizado de máquina. Notificar antecipadamente a presença de uma condição “X”, um câncer ou qualquer outro distúrbio pode ser a chave para um tratamento mais eficaz.

Reprodução

Mas essa parceria com a Adaptive Biotechnologies vai um passo além, com o intuito de expandir globalmente o projeto Antigen Map. O objetivo desse projeto é alcançar o sequenciamento do sistema imunológico de até 25.000 pessoas, uma tarefa para a qual tem sido aberta a colaboração com pesquisadores, biobancos e grupos de pacientes em todo o mundo.

O projeto é ambicioso porque, para poder realizá-lo, é necessário o manuseio de uma enorme quantidade de dados, que requer o uso de novas abordagens algorítmicas para modelar como as células se unem aos antígenos. Um cenário em que tanto a infraestrutura na nuvem, quanto a inteligência artificial, desempenham um papel fundamental quando se trata de moldar os dados resultantes de muitos colaboradores.

Diagnóstico precoce

As cinco primeiras condições de doenças que serão estudadas são a diabetes tipo 1, doença celíaca, câncer de ovário, câncer de pâncreas e Doença de Lyme. E assim, as possíveis curas ou, pelo menos, tratamentos mais eficazes, significariam um avanço sem precedentes.

Essas doenças representam algumas das diferentes funções que as células T (linfócitos extremamente importantes para o sistema imunológico) desempenham no controle ou na geração de doenças autoimunes, cânceres e infecções.

Em princípio, o objetivo inicial é decodificar o mapa de antígenos, que possibilitará um diagnóstico de longo prazo a ser distribuído universalmente e que vai oferecer uma nova plataforma para a concepção de imunoterapias e vacinas específicas.

Colaboração para o Olhar Digital

Rene Ribeiro é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital