Conforme os meses se passaram após o lançamento do Windows 10, a Microsoft começou a intensificar os esforços para que seus usuários atualizassem seus computadores para o novo sistema. Por vezes, a empresa chegou a ser acusada de práticas desleais que enganam o consumidor para fazê-lo instalar o software mais recente, o que levou uma mulher americana, Teri Goldstein, a vencer a Microsoft nos tribunais, obtendo US$ 10 mil de indenização.

A californiana decidiu entrar com uma ação contra a companhia depois que a instalação do Windows 10 fez seu computador ter desempenho ruim, apresentar travamentos e ficar inutilizável por vários dias. Ela contatou o suporte da Microsoft para resolver o problema, mas decidiu recorrer à justiça após a companhia não apresentar uma solução. O valor de US$ 10 mil engloba a compensação e os custos de um novo computador.

“Eu nunca havia ouvido sobre o Windows 10. Ninguém me perguntou se eu queria atualizar”, ela afirmou, indicando que o update foi forçado em seu computador.

A Microsoft havia decidido recorrer, mas acabou desistindo do caso no mês passado. Apesar de negar ter cometido qualquer infração, mas optou por aceitar a decisão inicial para evitar mais custos da disputa jurídica.

Estes US$ 10 mil não devem nem fazer cócegas nos balancetes da Microsoft, mas eles são um símbolo de coisas que não deram muito certo com o programa de atualização grátis do Windows. A ideia de permitir que usuários migrassem sem custos para a nova plataforma foi ótima, e o sistema operacional tem muitos recursos bacanas, mas a maneira como foi conduzida por vezes deixou esta impressão de que a empresa estava forçando a atualização aos usuários.

Entre as práticas condenáveis usadas pela empresa estão o download automático dos 3 GB da atualização mesmo antes de o usuário aceitar o update e a exibição repetitiva de janelas pop-up com mensagens dúbias sem uma opção clara para rejeitar a atualização.

O problema está prestes a acabar, no entanto. A oferta de atualização grátis do Windows 10 acaba no fim de julho, quando o sistema completa um ano de seu lançamento. A partir daí, quem atualizou, atualizou; quem não atualizou, não atualiza mais, a não ser que compre uma licença nova.

Via ExtremeTech e Seattle Times