Mesa de raio X inspirada em Star Trek quer baratear exames

A máquina da empresa israelense Nanox é entre 70% e 90% menor do que os equipamentos tradicionais e não utiliza calor ou radiação
Renato Mota16/01/2020 19h15

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Um equipamento, que parece ter vindo do futuro, está prometendo reduzir os custos dos exames de raio X e tomografias computadorizadas, tornando-as mais acessíveis. Por usar um sistema digital, o Nanox.Arc ainda ocupa menos espaço e demanda uma instalação muito mais simples – sendo também mais prático, já que um único aparelho consegue escanear qualquer parte do corpo.

Boa parte dos custos de manutenção dos equipamentos analógicos atuais existem para deixar o paciente em segurança. O filamento superaquecido nas máquinas convencionais de raios X exigem muita energia e calor, o que se torna caro e perigoso. Sem aquecimento, o Nanox.Arc pode ser ainda mais seguro.

“Nosso despositivo de raio X usa feixes de elétrons pulsantes, contra a radiação contínua de raios-X usada atualmente. A construção de uma ‘pistola de nano elétrons’ à base de silício tornou o método da Nanox mais eficiente do que a maneira tradicional de filamentos à base de calor”, explica o fundador e CEO da empresa israelense, Ran Poliakine.

O Nanox.Arc é entre 70 a 90% menor do que os equipamentos tradicionais, e usa um anel de raio-x que corre sobre uma mesa. “Isso nos permite usar vários tubos em uma matriz estacionária. Esta solução de ‘sem partes móveis’, juntamente com a pistola nano de elétrons a frio, cria um sistema de imagens médicas que fornece os mesmos recursos de imagem dos raios-X tradicionais, com menos custo e sem radiação”, completa o executivo.

A semelhança com o equipamento médico de Star Trek não é gratuita. “A biobed da série serve a múltiplos propósitos, e é exatamente isso que pretendemos alcançar. Queremos que o nosso equipamento seja acessível, portátil, fácil de operar e se concentre no que é importante: o paciente”, afirma Poliakine.

O modelo de negócios da Nanox também é diferente. Para tornar o equipamento mais acessível num primeiro momento, a empresa o oferece ao hospital e cobra por cada uso/exame dentro da sua plataforma de análises e serviços baseada na nuvem. A expectativa da empresa é disponibilizar 15 mil unidades no “curto prazo”, aproveitando o investimento de US$ 26 milhões que recebeu da Foxconn.

Via Endgadget/Digital Trends

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital