Maduro culpa ataques cibernéticos coordenados por apagão na Venezuela

Para o líder venezuelano, EUA e o opositor Juan Guaidó estariam sabotando o seu governo
Redação12/03/2019 19h58, atualizada em 12/03/2019 20h20

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A Venezuela segue em grave crise econômica e política, e os desdobramentos do caso continuam surgindo. Recentemente, o país passou múltiplos dias no escuro, e, segundo Nicolás Maduro, o blecaute tem uma causa clara: ataques cibernéticos.

A acusação do líder venezuelano é de que os Estados Unidos estariam por trás do ataque, como afirma em um post no Twitter deste domingo, 10. Maduro condena uma suposta sabotagem dos norte-americanos, com apoio de aliados, para minar os esforços pela reconexão do Sistema Elétrico Nacional e pela recuperação da nação.

O colapso elétrico, que coloca Caracas e 22 dos 23 estados do país sob a escuridão, chega ao seu sexto dia. A crise de energia agrava ainda mais o quadro de caos político e econômico na Venezuela, e suspeitas de um envolvimento político dos EUA são alimentadas por chefes do governo. O ministro de Comunicação e Informação, Jorge Rodriguez, aponta o dedo para o senador republicano Marco Rubio, da Flórida, que publicou informações do apagão em suas redes sociais poucos minutos após o ocorrido.

Rodriguez considera este “o golpe mais brutal recebido pelo povo venezuelano nos últimos 200 anos”. Como porta-voz do governo, ele detalha que o alvo do cibercrime foi a usina hidrelétrica de Guri, a terceira maior unidade do mundo e responsável por 80% da eletricidade que abastece o país. O sistema de controle automatizado, que manipula a geração de energia de acordo com a capacidade da usina e a demanda, foi o principal atingido.

Venezuela nas trevas

O blecaute prejudica a conexão da Venezuela à internet e às redes de celular, além de acentuar a crise de abastecimento de água e alimentos no país. O governo venezuelano enfrenta, há tempos, uma larga onda de protestos e uma longa lista de sanções norte-americanas, citadas por Maduro como uma tentativa de usurpar o poder. Dezessete pessoas teriam morrido nos hospitais nacionais desde o início do apagão.

Ainda nesta terça-feira, 12, uma investigação foi aberta contra Juan Guaidó para apurar sua responsabilidade no blecaute. O autodeclarado presidente da Venezuela fez um pedido ao Parlamento, ontem, para decretar estado de emergência nacional no país. Ele afirma que, apesar da normalização da situação em Caracas e outras regiões, o problema está longe de ser resolvido.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital