Lua é milhões de anos mais velha do que se pensava, diz estudo

Satélite natural da Terra provavelmente se formou 50 milhões de anos depois da formação do Sistema Solar, 100 milhões de anos mais cedo que data aceita por cientistas até então
Redação02/08/2019 22h46, atualizada em 05/08/2019 15h31

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Um novo estudo realizado por cientistas do Instituto de Geologia e Mineralogia da Universidade de Colônia, na Alemanha, publicado na revista científica Nature Geoscience, revelou que a Lua é pelo menos 100 milhões de anos mais velha que se pensava. A pesquisa descobriu composições químicas do solo lunar que mostram que o satélite natural, provavelmente se formou cerca de 50 milhões de anos depois do Sistema Solar.

Anteriormente, era consenso entre a comunidade científica que a Lua havia se formado 150 milhões de anos depois do surgimento do Sistema Solar, que tem origem datada há 4,6 bilhões de anos.

Os pesquisadores chegaram na data de “nascimento” da Lua a partir da nova análise de composição química de amostras do solo lunar trazidas à Terra pelo Programa Apollo, que completou 50 anos em julho. As missões espaciais foram coordenadas pela Nasa entre 1961 e 1972 e se tornaram um marco histórico em 1969, quando a astronave Apollo 11 aterrissou na Lua, e Neil Armstrong, astronauta do programa, tornou-se o primeiro homem a pisar na superfície lunar.

Segundo a pesquisa, as taxas de decaimento dos elementos radioativos das amostras das rochas do satélite natural mostram que eles começaram a se solidificar apenas 50 milhões de anos após a formação do Sistema Solar. Um isótopo lunar do háfnio-182 decaiu nos primeiros 70 milhões de anos do Sistema Solar para produzir o isótopo de tungstênio-182. Essa transformação dos elementos químicos serve de relógio cósmico, e é a partir dela que cientistas puderam calcular a nova idade da Lua.

“Ao comparar as quantidades relativas de diferentes elementos nas rochas que se formaram em diferentes épocas, é possível aprender como cada amostra está relacionada ao interior lunar e à solidificação do magma do oceano”, afirmou o geoquímico e coautor do estudo Raúl Fonseca em comunicado.

As medições utilizaram técnicas de espectrometria de massas com plasma, tecnologia relativamente nova, por isso não foi utilizada para analisar o solo lunar antes.

Via: Exame/Revista Planeta

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital