Julian Assange, fundador do WikiLeaks, foi preso pela polícia britânica após o Equador ter revogado seu asilo por conta de “violações repetidas”. A prisão foi feita na embaixada equatoriana de Londres, onde Assange solicita asilo desde 2012. O fundador do WikiLeaks foi levado à embaixada pelas autoridades e levado sob custódia para uma delegacia de Londres.

Em um vídeo postado no Twitter, o presidente do Equador, Lenin Moreno, disse que enquanto o país respeita o direito de asilo, “o comportamento descortês e agressivo de Julian Assange, as declarações hostis e ameaçadoras de sua organização aliada, contra o Equador, e especialmente, a transgressão de tratados internacionais” significa que “o asilo de Assange é insustentável e não mais viável”.

O fundador do WikiLeaks recebeu o primeiro asilo em 2012, para evitar a extradição para a Suécia devido a alegações de agressão sexual. Desde então, ele foi acusado de ajudar na interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016, publicando mais de 19 mil e-mails roubados da campanha de Clinton e do Comitê Nacional Democrata. No ano passado, 12 oficiais de Inteligência da Rússia foram acusados pelo crime, um dos quais estava em contato com o fundador do WikiLeaks.

Em janeiro de 2019, o WikiLeaks divulgou uma coleção de documentos confidenciais do Vaticano, e Moreno diz que a atividade de Assange nessa época, sugere que ele ainda está envolvido com o WikiLeaks.

Junto com essa suposta interferência nos assuntos de outros estados, Moreno também diz que Assange bloqueou câmeras de segurança, maltratou guardas e até acessou os arquivos de segurança da embaixada sem permissão. Moreno disse que o governo britânico confirmou por escrito que Assange não será extraditado para uma país que usa tortura ou pena de morte.

Veja o vídeo do momento da prisão:

Via: The Verge