O Japão anunciou planos para converter as áreas abandonadas e destruídas de Fukushima em um centro de energia renovável. O esquema envolverá a construção de novas usinas solares, parques eólicos e uma rede de transmissão que fornecerá energia a Tóquio.
Há oito anos, um terremoto seguido de um tsunami provocaram um colapso desastroso na usina nuclear de Fukushima. A área imediata ao redor da usina segue insegura, mas, de acordo com a Nikkei Asian Review, o país está traçando um plano para converter a área em um paraíso para energia renovável.
O plano prevê a construção de 11 usinas solares e dez parques eólicos no município, em regiões que “não podem mais ser cultivadas e áreas montanhosas das quais continuam os fluxos de população”. Espera-se que o custo total da obra seja de 300 bilhões de ienes, ou US$ 2,75 bilhões, até o ano fiscal que termina em março de 2024.
O Banco de Desenvolvimento do Japão, de propriedade do governo, e o banco privado Mizuho fazem parte de um grupo de financiadores que prepararam uma linha de crédito para suportar parte do custo da construção. Estima-se que a geração de energia disponível chegue em torno dos 600 megawatts, equivalente a dois terços de uma instalação nuclear. A eletricidade produzida será enviada para a região metropolitana de Tóquio.
O plano prevê também a construção de uma ampla rede de 80 quilômetros dentro do município de Fukushima para conectar a energia gerada à rede de transmissão de energia da Tokyo Electric Power Co. Essa parte do projeto deve custar cerca de 29 bilhões de ienes.
Cerca de 43 mil cidadãos japoneses continuam fora de suas casas – muitas delas com medo de retornar, apesar das garantias do governo. A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (TEPCO), que opera a usina nuclear em ruínas, diz que a instalação não deve ser desativada até a década de 2050.
Este novo plano é consistente com a meta da prefeitura de fornecer 40% de sua demanda de energia renovável até 2020, dois terços até 2030 e 10% até 2040. O plano lembra uma ideia apoiada pela China, para construir usinas de energia solar na Zona de Exclusão de Chernobyl, única outra área do planeta devastada por um acidente nuclear.
Via: Gizmodo