O Watson, sistema de inteligência artificial da IBM, conseguiu identificar cinco genes ligados à esclerose lateral amiotrófica, ELA. O anúncio foi feito nesta semana pela empresa, que trabalhou em parceria com o Instituto Neurológico Barrow, que fica em Phoenix, nos Estados Unidos.
A doença degenerativa mata aos poucos as células que controlam os movimentos musculares voluntários. Isso leva à paralisia e, por fim, à morte. A ELA não tem causa conhecida e nem cura. Há apenas um medicamento aprovado que diminui os sintomas, mas não os elimina. A condição ficou mais conhecida em 2014, com o desafio do balde de gelo.
O Watson leu todas as publicações relacionadas à doença e aprendeu sobre as proteínas já conhecidas que foram ligadas à enfermidade. Em seguida, ele classificou quase 1.500 genes no genoma humano e previu quais poderiam ser associados à esclerose lateral amiotrófica. A equipe do Instituto Neurológico de Barrow, então, examinou as previsões do sistema e descobriu que oito dos dez genes propostos pelo computador eram ligados à ELA. Destes, cinco nunca tinham sido associado com a doença.
Apesar de o processo de pesquisa ter levado alguns meses, ele acelerou o trabalho dos pesquisadores, que teriam levado anos, caso não contassem com a ajuda do sistema. “Estávamos interessados em ver se poderíamos usar o Watson para acelerar o ritmo de descobertas”, explica Robert Bowser, um dos líderes do projeto.
O próximo passou para o Watson é explorar questões como por que a doença parece diferente de paciente para paciente. O computador vai analisar os dados coletados e produzidos por pesquisadores humanos no Instituto Neurológico Barrow.
Via Mashable