Cientistas acreditam que estamos próximos de conseguir o que é considerado o “Santo Graal” da física: a construção de um reator de fusão nuclear, que produz energia replicando processos que acontecem no coração do Sol. O resultado seria energia limpa e praticamente ilimitada.
É um objetivo que os pesquisadores vêm perseguindo há anos, mas que ainda não conseguimos reproduzir de forma sustentável e eficiente, ou seja, produzindo mais energia do que o necessário para iniciar a reação. Um problema são as altíssimas temperaturas necessárias durante o processo, da ordem de centenas de milhões de graus Celsius.
Uma empresa que trabalha no problema acredita ter uma ferramenta poderosa para ajudar na solução. A TAE Technologies vem trabalhando em conjunto com o Google em formas de aplicar inteligência artificial ao processo, deixando para as máquinas a tarefa de analisar os imensos volumes de dados e variáveis de cada experimento e identificar os mais promissores.
Isto significa que os resultados de um experimento podem ser processados mais rapidamente, o que reduz o período de tempo até que os pesquisadores possam executar um outro experimento. Além disso, só os dados mais promissores são considerados, o que evita que os pesquisadores percam tempo com “becos sem saída”.
A expectativa da TAE é ter um reator funcional já em 2025: “a noção de que a fusão é algo que está a 20, 30 ou 50 anos de nós não é mais verdade”, diz Michl Binderbauer, CEO da empresa. “Estamos falando em comercializar esta tecnologia nos próximos cinco anos”.
Outras empresas tem planos ambiciosos. O consórcio ITER, formado por 35 países, espera que seu primeiro reator, em construção na França, esteja operacional em 2025. E pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT), nos EUA, esperam colocar um reator em operação em 2018. A China também planeja colocar em operação um reator experimental ainda neste ano.
Fonte: The Next Web